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VACINAÇÃO CONTRA DENGUE EM UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL

A dengue, uma arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti e causada pelo vírus da dengue (DENV) é responsável por milhões de infecções anualmente no mundo, o que justifica a necessidade urgente de medidas de prevenção mais eficazes. O presente estudo tem por objetivo evidenciar a segurança de uma vacina contra os quatro sorotipos da dengue - a vacina Dengvaxia®, analisar a aplicabilidade do teste rápido na detecção de soropositivos para a dengue e apresentar aspectos epidemiológicos relacionados à adesão à vacina durante a campanha de vacinação contra a dengue no Estado do Paraná, no Brasil. Este é um estudo de coorte prospectiva, cuja amostra populacional foram funcionários e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Hospital Universitário de Londrina (HU), com idade entre 18 e 27 anos que receberam a vacina Dengvaxia® durante a Campanha de Vacinação contra a Dengue entre os anos de 2016 e 2018, promovida pela Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA). Foram coletadas amostras de sangue de 296 pessoas, previamente à primeira dose da vacina, as quais foram submetidas ao teste rápido para pesquisa de anticorpos IgG e IgM anti-Dengue (Bioline™ Dengue DUO - Abbott®). Após 30 dias de cada dose da Dengvaxia®, foi realizada ligação telefônica para todos os participantes em busca de possíveis eventos adversos associados à vacinação. Outras informações sobre a coorte, tais como dengue prévia à vacinação e as datas das doses em que foi aplicada a Dengvaxia® durante a campanha, foram obtidas nos seguintes bancos de dados: Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Paraná (GAL), Medview (HU), SaúdeWeb (Prefeitura Municipal de Londrina) e Aplicativo de Controle de Vacinação da Dengue do Governo do Paraná Versão 0.0.13. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da UEL, em 2016. Foram incluídos 1815 adultos no estudo, os quais receberam a primeira dose da vacina. A maioria foi do sexo feminino (58,3%), da cor branca (66,2%), com renda familiar entre 4 e 6 salários-mínimos (31%), sem comorbidade (91,7%) e negava ter tido dengue previamente (91,4%); 1010 (55,6%) participantes receberam a 2ª dose e 498 (27,4%) receberam a 3ª dose da vacina. Nenhum dos participantes apresentou qualquer reação grave às doses da vacina. Quanto às 296 amostras em que foi aplicado o teste rápido para pesquisa de anticorpos contra a dengue, 1,5% apresentaram resultado positivo. Não houve boa concordância do resultado do teste com a história de dengue prévia, pois 6,5% dos pacientes que apresentaram o teste negativo relataram ter tido dengue anteriormente. Em vista do exposto, conclui-se que a vacina Dengvaxia® se mostrou segura a curto-prazo, sendo mais uma opção na prevenção da dengue, e que o teste rápido não se mostrou adequado para a avaliação da imunidade prévia à dengue.
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VACINAÇÃO CONTRA DENGUE EM UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.07624120619

  • Palavras-chave: Dengue; Sorologia; Testes Sorológicos; Vacinas contra Dengue.

  • Keywords: Dengue; Serology; Serologic Tests; Dengue Vaccine

  • Abstract: Dengue, an arbovirus transmitted by Aedes aegypti and caused by the dengue virus (DENV), is annually responsible for millions of infections worldwide, justifying the urgent need for more effective prevention measures. This study aims to demonstrate the safety of a vaccine against the four serotypes of dengue - the Dengvaxia® vaccine, analyze the applicability of the rapid test in detecting dengue seropositives, and present epidemiological aspects related to vaccine adherence during the dengue vaccination campaign in the State of Paraná, Brazil. This is a prospective cohort study, with the study population being employees and students of the State University of Londrina (UEL) and the University Hospital of Londrina (HU), aged between 18 and 27 years, who received the Dengvaxia® vaccine during the Dengue Vaccination Campaign between 2016 and 2018, promoted by the State Department of Health of Paraná (SESA). Blood samples were collected from 296 individuals prior to the first dose of the vaccine, which were subjected to rapid testing for IgG and IgM anti-Dengue antibodies (Bioline™ Dengue DUO - Abbott®). After 30 days of each Dengvaxia® dose, a telephone call was made to all participants to inquire about possible adverse events associated with vaccination. Other information about the cohort, such as previous dengue before vaccination and the dates of Dengvaxia® doses administered during the campaign, was obtained from the following databases: Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Paraná (GAL), Medview (HU), SaúdeWeb (Municipality of Londrina) and an application program called “Aplicativo de Controle de Vacinação da Dengue do Governo do Paraná” Version 0.0.13. The research was approved by the Research Ethics Committee Involving Human Subjects of UEL in 2016. A total of 1815 adults were included in the study, who received the first dose of the vaccine. The majority were female (58.3%), white (66.2%), with a family income between 4 and 6 minimum wages (31%), without comorbidities (91.7%), and denied having had dengue previously (91.4%); 1010 (55.6%) participants received the 2nd dose, and 498 (27.4%) received the 3rd dose of the vaccine. None of the participants experienced any severe reactions to the vaccine doses. Regarding the 296 samples tested for dengue antibodies, 1.5% tested positive. There was poor agreement between the test result and the history of previous dengue, as 6.5% of patients with a negative test reported having had dengue before. As stared, it is concluded that the Dengvaxia® vaccine has shown short-term safety, being another option in dengue prevention, and that the rapid test is not suitable for assessing previous dengue immunity.

  • Gabriela Valente Rabelo Watanabe
  • Danielle Ruiz Miyazawa Ferreira
  • Lucas Gabriel Capelari
  • Ivana Teixeira Motta
  • Jaqueline Dario Capobiango
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