UTILIZAÇÃO DE NEUROPROTETORES FAVORECE A SOBREVIDA DOS MOTONEURÔNIOS DA MEDULA ESPINAL NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE.
A Esclerose Lateral Amiotrófica
(ELA) é uma doença neurodegenerativa fatal
caracterizada pelo acometimento do neurônio
motor superior e inferior, tronco encefálico
e medula espinal, causando fraqueza
muscular progressiva e atrofia. É uma doença
multifatorial, caracterizada pela mutação
na enzima Cu/Zn superóxido dismutase-1
(SOD1). As causas mais prováveis para
surgimento e desenvolvimento da doença se
implicam na excitotoxicidade do glutamato,
no entanto, estratégias neuroprotetoras e
neurorregenerativas, surgiram como uma
forma de tratamento promissora na tentativa
de redução da progressão da degeneração
neural. O delineamento metodológico seguiu o
modelo PRISMA. Foram utilizadas as bases de
dados: PUBMED, Lilacs, Scielo, Science Direct
e Bireme, sem filtro de data inicial até julho de
2018. Para quantificar os efeitos do tratamento
foi utilizado o tamanho do efeito (g), corrigido
pelo viés (g de Hedge) com IC de 95%. As
metanálises foram aplicadas usando o modelo
de efeito fixo a partir da heterogeneidade
dos tamanhos de efeito. Os neuroprotetores
utilizados por Tollosa (2011), Crossio (2012)
e Lee (2012) apresentaram redução na
concentração do glutamato, diminuindo o
processo inflamatório e reduzindo os níveis de
agentes oxidantes. Nesse contexto, foi avaliado
os níveis de THA, NF-KB e TNF para avaliar
a possível neuroproteção. A mensuração do
THA demonstrou efeito -5,67. Em relação ao %
NF-KB, o mesmo mostrou um efeito 119,19 (p<
0,0001). Por último, a avaliação dos níveis de
TNF apresentou um efeito 176,78 (p< 0,0001).
A análise estatística dos dados demonstrou
que houve redução nos níveis extracelulares
de TNF e na ativação NF-KB, sugerindo que
a utilização dos neuroprotetores minimizou
a morte neuronal. Sendo assim, sugere-se
que a utilização de neuroprotetores na ELA
promove maior sobrevida dos motoneurônios
da medula espinal, possibilitando a redução do
processo inflamatório e da neurodegeneração.
No entanto, esses neuroprotetores agem em
diferentes vias, assim a utilização de dois ou
mais neuroprotetores em conjunto poderia
repercutir em resultados diferentes
UTILIZAÇÃO DE NEUROPROTETORES FAVORECE A SOBREVIDA DOS MOTONEURÔNIOS DA MEDULA ESPINAL NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE.
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DOI: 10.22533/at.ed.22419140426
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Palavras-chave: Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA, Doença do neurônio Motor, Neuroinflamação, Excitotoxicidade.
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Keywords: Amyotrophic Lateral Sclerosis, ALS, Motoneurons diseases, Neuroinflammation, Excitotoxicity.
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Abstract:
Amyotrophic Lateral Sclerosis
(ALS) is a fatal neurodegenerative disease
characterized by the death of upper and lower
motor neurons, brainstem and spinal cord, causing a progressive muscle weakness and
atrophy. Its cause is multifactorial characterized by to a mutation in the Cu/Zn-superoxide
dismutase gene (SOD1). The most likely causes for the onset and development of the
disease imply excitotoxicity in the presence of glutamate, however, the neuroprotective
and neurodegenerative strategies emerged as a promising form of treatment in an
attempt to reduce the progression of neural degeneration. The methodological lineation
was performed according to the declaration of the PRISMA, based on articles searched
in the databases: Pubmed, Lilacs, Scielo, Science Direct and Bireme. The search was
limited to English language publications, having no filter from the initial date until July
2018. To quantify the effects of the treatment, the effect size (g), corrected for bias (g
of Hedge) with 95% CI was used. The Meta-analyzes were used using the fixed effect
model of the heterogeneity of effect sizes. The neuroprotectors were used by Tollosa
(2011), Crossio (2012) and Lee (2012), in reducing glutamate, decreasing the action
process and levels of oxidizing agents. In this context, levels of THA, NF-KB and TNF
have been published to assess neuroprotection. A THA measurement showed an effect
-5,67. Regarding %NF-KB, it had a 119.19 (p <0.0001) effect. Finally, an evaluation
of TNF levels showed an effect 176,78 (p <0.0001). A statistical analysis of the data
was restricted in the extracellular domains of TNF and NF-KB, suggesting that the use
of neuroprotectors minimized neuronal death. Therefore, they suggest that the use of
neuroprotectors in ALS promotes a greater survival of the spinal cord motoneurons,
allowing a reduction of the process of combat to neurodegeneration. However,
neuroprotectors act in different ways, as the use of two or more neuroprotectors
together could have repercussions on different results.
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Número de páginas: 12
- Angélica Dutra de Oliveira
- Thaís Costa Porto Marinho