Introdução: O envelhecimento populacional global aumenta a multimorbidade e a polifarmácia (uso de ≥5 medicamentos), um desafio de saúde pública devido aos riscos como interações medicamentosas e eventos adversos. A necessidade de estratégias para o uso racional de medicamentos em idosos é urgente para garantir a segurança e a qualidade de vida.  Objetivo: Analisar e sintetizar a produção científica recente sobre as estratégias eficazes para a redução da polifarmácia na prática clínica, identificando barreiras e lacunas.  Metodologia: Revisão bibliográfica realizada entre março e agosto de 2025 na base de dados PubMed, utilizando a busca "(Polypharmacy) AND (Aged)". Foram incluídos artigos de 2020 a 2025, em diversos idiomas, que abordassem o tema com delineamento metodológico compatível.  Discussão: A discussão destaca a polifarmácia como um problema multifacetado, frequentemente associado ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs). A desprescrição é identificada como a estratégia central e mais promissora. A importância da colaboração interprofissional e de revisões medicamentosas abrangentes é enfatizada para superar barreiras como a inércia clínica.  Conclusão: A otimização da farmacoterapia em idosos exige uma mudança cultural em direção ao cuidado individualizado e centrado no paciente. A desprescrição, aliada à capacitação profissional e a políticas de saúde que incentivem a colaboração, é fundamental para transformar a polifarmácia de um risco inevitável para um desafio gerenciável, promovendo um envelhecimento mais seguro e saudável.