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capa do ebook USO DE TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DE CRISE DISTÔNICA ASSOCIADA À LESÃO DOS GÂNGLIOS BASAIS APÓS CONSUMO DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA) NA ZONA RURAL DA AMAZÔNIA

USO DE TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DE CRISE DISTÔNICA ASSOCIADA À LESÃO DOS GÂNGLIOS BASAIS APÓS CONSUMO DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA) NA ZONA RURAL DA AMAZÔNIA

Embora a mandioca tenha muitos atributos positivos, que explicam em grande parte o seu cultivo tão disseminado, possui sérias limitações em relação ao seu  consumo. Ela contém certas substâncias conhecidas como glicosídeos cianogênicos que, quando sofrem quebra, liberaram o gás tóxico cianeto de hidrogênio (HCN). Nesse contexto, relata-se um caso de encefalopatia aguda relacionada ao consumo de mandioca brava (Manihot esculenta crantz), evoluindo com crise distônica, tratada com toxina botulínica, no interior da Amazônia brasileira. Trata-se de escolar, 7 anos de idade, sexo feminino, proveniente de comunidade rural que consumiu mandioca brava em grande quantidade, evoluindo 7 horas após a ingestão com êmese, confusão mental e sonolência. No seguimento, apresentou rigidez global, hiperreflexia, Babinski bilateral e movimentos distônicos no hemicorpo esquerdo associados à algia intensa. No tratamento das complicações neurológicas, especificamente da distonia, foi usada toxina botulínica, obtendo boa resposta.Vale ressaltar que o consumo de mandioca é comum a muitos povos e quando processada inadequadamente pode causar intoxicação aguda (ou mesmo a longo prazo, por efeito cumulativo), sendo necessária criação de protocolos assistenciais bem como o manejo adequado das sequelas neurológicas. A toxina botulínica é uma ótima alternativa para o controle dos sintomas extrapiramidais, especialmente a distonia conforme apresentado.

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USO DE TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DE CRISE DISTÔNICA ASSOCIADA À LESÃO DOS GÂNGLIOS BASAIS APÓS CONSUMO DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA) NA ZONA RURAL DA AMAZÔNIA

  • DOI: 10.22533/at.ed.60921110624

  • Palavras-chave: Mandioca, Glicosídeos cianogênicos, Distonia, Toxina Botulínica

  • Keywords: Cassava, Cyanogenic glycosides, Dystonia, Botulinum Toxin

  • Abstract:

    Although cassava has many positive attributes, which largely explain its widespread cultivation, it has serious limitations in relation to its consumption. It contains certain substances known as cyanogenic glycosides that, when broken down, released the toxic hydrogen cyanide gas (HCN). In this context, we report a case of acute encephalopathy related to the consumption of wild cassava (Manihot esculenta crantz), evolving with a dystonic crisis, treated with botulinum toxin, in the interior of the Brazilian Amazon. This is a schoolchild, 7 years old, female, from a rural community that consumed wild cassava in large quantities, evolving 7 hours after ingestion with emesis, mental confusion and drowsiness. In the follow-up, he presented global stiffness, hyperreflexia, bilateral Babinski and dystonic movements in the left hemibody associated with severe pain. In the treatment of neurological complications, specifically dystonia, botulinum toxin was used, obtaining a good response. It is noteworthy that the consumption of cassava is common to many people and when processed improperly can cause acute intoxication (or even in the long term, by cumulative effect), requiring the creation of care protocols as well as the adequate management of neurological sequelae. Botulinum toxin is a great alternative for the control of extrapyramidal symptoms, especially dystonia as presented. 

  • Número de páginas: 8

  • Jonata Ribeiro de Sousa
  • Sandro Murilo Moreira de Lima
  • Felipe Luan Lima da Silva
  • Adriane Cristina Vieira dos Santos
  • Renata Maria de Carvalho Cremaschi
  • Fernando Morgadinho Santos Coelho
  • MARCOS MANOEL HONORATO
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