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capa do ebook Uma Visão Sobre o Uso do Bypass Extracraniano-Intracraniano no Tratamento de Aneurisma Cerebral

Uma Visão Sobre o Uso do Bypass Extracraniano-Intracraniano no Tratamento de Aneurisma Cerebral

Os aneurismas são dilatações anormais e projeções de todas as camadas dos vasos sanguíneos decorrentes do enfraquecimento destes, sendo mais comuns em áreas de maior fragilidade, como artérias cerebrais e áreas de bifurcação. Estima-se que cerca de 1-2% da população mundial tenha aneurisma cerebral, apesar de muitos não serem detectados até que ocorra a sua ruptura aguda, resultando em hemorragia subaracnóidea. Os indivíduos com maior chance de desenvolverem aneurismas são aqueles que possuem histórico familiar, desordens do tecido conjuntivo ou certas condições genéticas, como a Síndrome de Ehler-danlos, Doença Renal Policística Autossômica Dominante, hiperaldosteronismo familiar tipo I e a Síndrome de Moyamoya. No entanto, o grupo que apresenta risco aumentado destes aneurismas são aqueles que pertencem a raça negra, grupo étnico hispânico, hipertensos, tabagistas, etilistas, usuários de drogas simpaticomiméticas e portadores de aneurismas maiores que 7 mm. O objetivo deste estudo é evidenciar o bypass como uma terapêutica viável para o tratamento de aneurisma gigante sem resolução por meios tradicionais. O bypass extracraniano-intracraniano (EC-IC) consiste em um procedimento cirúrgico responsável por desviar o fluxo sanguíneo em torno de uma obstrução ou vaso danificado a fim de garantir a perfusão de determinada região. O by-pass EC-IC é indicado principalmente nos casos de aneurismas complexos gigantes, fusiformes e dissecantes, especialmente naqueles mais distais com vascularização deficiente ou que não conseguem ser tratados por clipagem ou embolização. Algumas das condições em que esta técnica é mais comumente empregada são: aneurismas complexos no segmento distal da artéria cerebral média, aneurismas que não podem ser aprisionado ou excisado, quando artérias lenticuloestriadas ou artérias de ramos berrantes originam-se do aneurisma, algumas condições esteno-oclusivas e tratamento de doença de Moyamoya. Existem dois tipos de técnica para se realizar este procedimento: a primeira envolve apenas a artéria doadora através da anastomose da artéria doadora extracraniana à artéria receptora intracraniana, enquanto a segunda envolve o uso de um enxerto vascular interposicional que será conectado a ambas as artérias, extracraniana e intracraniana. Para que o procedimento seja realizado com excelência, é fundamental que no período pré-operatório sejam solicitados estudos angiográficos das artérias cerebrais e dos vasos do antebraço ou da perna, caso estes sejam utilizados. Ademais, também é importante realizar o teste de oclusão com balão para avaliar a circulação colateral do paciente. No período pós-operatório o paciente deve ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva e realizar exames de testagem da efetividade e integridade do by-pass. Evidencia-se, portanto, a técnica do bypass EC-IC como alternativa terapêutica de grande valia quando bem indicada e devidamente realizada na condução clínica do paciente.Os aneurismas são dilatações anormais e projeções de todas as camadas dos vasos sanguíneos decorrentes do enfraquecimento destes, sendo mais comuns em áreas de maior fragilidade, como artérias cerebrais e áreas de bifurcação. Estima-se que cerca de 1-2% da população mundial tenha aneurisma cerebral, apesar de muitos não serem detectados até que ocorra a sua ruptura aguda, resultando em hemorragia subaracnóidea. Os indivíduos com maior chance de desenvolverem aneurismas são aqueles que possuem histórico familiar, desordens do tecido conjuntivo ou certas condições genéticas, como a Síndrome de Ehler-danlos, Doença Renal Policística Autossômica Dominante, hiperaldosteronismo familiar tipo I e a Síndrome de Moyamoya. No entanto, o grupo que apresenta risco aumentado destes aneurismas são aqueles que pertencem a raça negra, grupo étnico hispânico, hipertensos, tabagistas, etilistas, usuários de drogas simpaticomiméticas e portadores de aneurismas maiores que 7 mm. O objetivo deste estudo é evidenciar o bypass como uma terapêutica viável para o tratamento de aneurisma gigante sem resolução por meios tradicionais. O bypass extracraniano-intracraniano (EC-IC) consiste em um procedimento cirúrgico responsável por desviar o fluxo sanguíneo em torno de uma obstrução ou vaso danificado a fim de garantir a perfusão de determinada região. O by-pass EC-IC é indicado principalmente nos casos de aneurismas complexos gigantes, fusiformes e dissecantes, especialmente naqueles mais distais com vascularização deficiente ou que não conseguem ser tratados por clipagem ou embolização. Algumas das condições em que esta técnica é mais comumente empregada são: aneurismas complexos no segmento distal da artéria cerebral média, aneurismas que não podem ser aprisionado ou excisado, quando artérias lenticuloestriadas ou artérias de ramos berrantes originam-se do aneurisma, algumas condições esteno-oclusivas e tratamento de doença de Moyamoya. Existem dois tipos de técnica para se realizar este procedimento: a primeira envolve apenas a artéria doadora através da anastomose da artéria doadora extracraniana à artéria receptora intracraniana, enquanto a segunda envolve o uso de um enxerto vascular interposicional que será conectado a ambas as artérias, extracraniana e intracraniana. Para que o procedimento seja realizado com excelência, é fundamental que no período pré-operatório sejam solicitados estudos angiográficos das artérias cerebrais e dos vasos do antebraço ou da perna, caso estes sejam utilizados. Ademais, também é importante realizar o teste de oclusão com balão para avaliar a circulação colateral do paciente. No período pós-operatório o paciente deve ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva e realizar exames de testagem da efetividade e integridade do by-pass. Evidencia-se, portanto, a técnica do bypass EC-IC como alternativa terapêutica de grande valia quando bem indicada e devidamente realizada na condução clínica do paciente.

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Uma Visão Sobre o Uso do Bypass Extracraniano-Intracraniano no Tratamento de Aneurisma Cerebral

  • DOI: 10.22533/at.ed.6892223088

  • Palavras-chave: Extracranial–Intracranial Bypass. Cerebral Aneurysm. Surgical Treatment.

  • Keywords: --

  • Abstract:

    --

  • Número de páginas: 3

  • Roberto Rhuan Galvão Neves
  • Lorrane de Moura Moreira
  • Ana Luiza Vale
  • Alícia Freire Gomes da Silva
  • Bárbara Guimarães Alves
  • Carolina Maira do Nascimento Rosa
  • Laura Menegato Brito
  • Milena Melo Gambogi
  • Jhonas Geraldo Peixoto Flauzino
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