Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook UMA MULHER TEM O DIREITO “ESTAR SÓ”? UMA ANÁLISE A PARTIR DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

UMA MULHER TEM O DIREITO “ESTAR SÓ”? UMA ANÁLISE A PARTIR DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

A Constituição Federal de 1988 tem

como fundamento do Estado brasileiro, entre

outros, o princípio da liberdade, que se estende

a todos cidadãos. No caso das mulheres, as

liberdades são limitadas e presas a padrões e

esteriótipos, advindos da cultura patriarcal que

as sugere o espaço privado, cuidado da prole

e dos maridos, acima em nome de um suposto

amor, limitando, assim, suas liberdades de

outras escolhas. Neste sentido, a partir de uma

análise hipotético dedutiva a pesquisa busca

analisar se o ordenamento jurídico brasileiro

comporta aportes para garantir o direito

fundamental das mulheres de terem autonomia

sobre suas vidas e, conseqüentemente, o

direito de estarem sós. O estudo demonstra

que, embora juridicamente as mulheres tenham

alcançado direitos de cidadania, entre eles a

igualdade perante as liberdades, os esteriótipos

estabelecidos pela cultura patriarcal estão

alicerçados de tal forma que o exercício do

direito de estar só das mulheres, ainda não

é bem aceito socialmente. Por conseguinte,

correntes de interpretação jurídica também

sofrem essa influência e, precisam avançar

no quesito de compreensão do significado das

liberdades como um todo. Por fim, se faz mister

ponderar que lugar de mulher é onde ela quiser,

desde que se tenham condições materiais e de

reconhecimento que proporcionem a liberdade

de escolha e autonomia. E isso, é tanto uma

questão jurídica, quanto cultural.

Ler mais

UMA MULHER TEM O DIREITO “ESTAR SÓ”? UMA ANÁLISE A PARTIR DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

  • DOI: 10.22533/at.ed.65519020921

  • Palavras-chave: Direito de estar só; Cultura patriarcal; Direito à Liberdade.

  • Keywords: Right to be alone; Patriarchal culture; Right to Freedom.

  • Abstract:

    The Federal Constitution of 1988

    is based on the Brazilian State, among others,

    the principle of freedom, which extends to all

    citizens. In the case of women, freedoms are

    limited and stuck to patterns and stereotypes,

    arising from the patriarchal culture that suggests

    them the private space, care of offspring and

    husbands, above in the name of a supposed

    love, thus limiting their freedoms of other

    choices. In this sense, based on a hypothetical

    deductive analysis, the research seeks to

    analyze whether the Brazilian legal system

    includes contributions to guarantee the fundamental right of women to have autonomy

    over their lives and, consequently, the right to be alone. The study shows that, although

    women have legally achieved citizenship rights, including equality before liberties, the

    stereotypes established by the patriarchal culture are based in such a way that the

    exercise of women’s right to be alone is still not well accepted socially. Consequently,

    currents of juridical interpretation also suffer this influence, and must advance in the

    matter of understanding the meaning of liberties as a whole. Finally, it is necessary to

    consider the place of woman where she wants, provided that the material conditions

    and recognition that provide the freedom of choice and autonomy. And this is both a

    legal and a cultural issue.

  • Número de páginas: 15

  • Rosângela Angelin
  • Aline Podkowa
Fale conosco Whatsapp