UMA ANÁLISE SOBRE DINÂMICA POPULACIONAL E SURTO DE INSETOS-PRAGA
A ocorrência e dinâmica populacional de insetos nos ecossistemas, tende a se manter em níveis estáveis, com pequenas flutuações constantes. Fatores endógenos (e.g., migração/imigração, estresse, interações sociais, pool genético) e/ou exógenos (e.g., alimento, espaço, inimigos naturais, clima), no entanto, podem proporcionar o aumento pontual e explosivo na abundância de insetos e levar a surtos populacionais. Todavia, um surto populacional nem sempre representa um problema ecológico. A variação temporal e espacial em um recurso ou fator pode induzir um aumento exponencial de uma população, como resposta direta ao aumento na oferta. Devemos, portanto, compreender a concepção de diferentes ambientes em sua complexidade ecológica. Em áreas conservadas, a resiliência do ecossistema será capaz de sobrepor o potencial de dano de um surto e retornar ao estado de equilíbrio, ou gerar um novo. Já áreas degradadas condicionam maior vulnerabilidade à ocorrência de surtos, com modificações significativas na riqueza e estrutura das comunidades de insetos locais. Os monocultivos são ainda mais favoráveis à existência de episódios de surtos, em função da concentração de uma única espécie vegetal e do manejo intensificado. A necessidade de controle dos surtos será dependente da composição, estrutura e do potencial de resposta ecológica dos ecossistemas naturais e plantados, e dos possíveis níveis de danos econômicos e ecológicos, considerando sempre a manutenção do equilíbrio dinâmico e não a erradicação do inseto-praga.
UMA ANÁLISE SOBRE DINÂMICA POPULACIONAL E SURTO DE INSETOS-PRAGA
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9412127077
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Palavras-chave: espécie-praga, surto populacional, complexidade ecológica, análise sistêmica
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Keywords: pest species, populational outbreaks, ecological complexity, systemic analysis
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Abstract:
The occurrence and population dynamics of insects in ecosystems tend to remain at stable levels, with small constant fluctuations. Endogenous (e.g., migration/ immigration, stress, social interactions, gene pool) and/or exogenous (e.g., food, space, natural enemies, climate) factors, however, can provide a punctual and explosive increase in the abundance of insects and lead population outbreaks. However, population outbreaks not always represent an ecological problem. The temporal and spatial variation in a resource or factor can induce an exponential increase in a population, as a direct response to the increase in supply. We must, therefore, understand the design of different environments in their ecological complexity. In conserved areas, the ecosystem's resilience will be able to overcome the damage potential of an outbreak and return to equilibrium or generate a new one. Degraded areas, on the other hand, conditioning greater vulnerability to the occurrence of outbreaks, with significant changes in the richness and structure of local insect communities. Monocultures are even more favorable to the existence of episodes of outbreaks, due to the concentration of a single plant species and intensified management. The need to control outbreaks will depend on the composition, structure, and potential for ecological response of natural and planted ecosystems, and the possible levels of economic and ecological damage, always considering the maintenance of dynamic balance and not the eradication of the insect pest.
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Número de páginas: 13
- Luana Camila Capitani
- José Carlos Corrêa da Silva Junior