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Um Oriente insólito e maravilhoso: Admiratio e as reações frente aos animais na obra Viagens de Jean de Mandeville

Nesse capítulo, buscamos compreender o entendimento do Oriente na obra Viagens de Jean de Mandeville, em especial no que diz respeito aos animais viventes naquelas regiões. Redigido em meados do século XIV, o livro narra o deslocamento de um cavaleiro, denominado Jean de Mandeville, por terras asiáticas. Mesclando as informações de diferentes livros de viagens, bem como o conhecimento herdado da Antiguidade, a obra, tida atualmente como baseada em um deslocamento imaginário, não apenas realiza um acoplado do conhecimento, mas também adicionava novas percepções sobre àquelas regiões. Assim, ela apresenta um mundo singular, construído mediante aspectos reais e imaginários. Portanto, em nossa análise, partiremos da concepção do autor do maravilhoso, o qual, além de constituir um importante ponto na construção do conhecimento da natureza no período, também estava relacionado às diferentes sensações, como o medo e o prazer. Assim, não olharemos como diferentes as criaturas atualmente tidas como reais, a exemplo dos elefantes, e as irreais, como os dragões e grifos.
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Um Oriente insólito e maravilhoso: Admiratio e as reações frente aos animais na obra Viagens de Jean de Mandeville

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9692517092

  • Palavras-chave: Viagem; Maravilhoso; Jean de Mandeville

  • Keywords: Travel; Wonder; John of Mandeville

  • Abstract: In this chapter, we seek to understand the understanding of the Orient in Jean de Mandeville's Travels, particularly with regard to the animals living in those regions. Written in the mid-14th century, the book narrates the journey of a knight named Jean de Mandeville through Asian lands. Combining information from various travel books, as well as knowledge inherited from Antiquity, the work, currently considered based on an imaginary journey, not only achieves a coupling of knowledge but also adds new insights into those regions. Thus, it presents a singular world, constructed through real and imaginary aspects. Therefore, in our analysis, we will begin with the author's conception of the marvelous, which, besides constituting an important point in the construction of knowledge of nature in the period, was also related to different sensations, such as fear and pleasure. Thus, we will not view creatures currently considered real, such as elephants, and those considered unreal, such as dragons and griffins, as distinct.

  • Jorge Luiz Voloski
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