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ÚLCERAS GENITAIS POR INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E MANEJO CLÍNICO

INTRODUÇÃO: A úlcera genital é definida por uma perda da superfície cutânea da área anogenital, que atinge pelo menos a derme e está associada geralmente a sinais inflamatórios. Entre as doenças que cursam com úlcera genital, as infecções sexualmente transmissíveis (IST) representam a causa mais frequente. Entre essas, participam a herpes genital, cancro mole, sífilis, granuloma venéreo e donovanose, cujo grau de comprometimento pode variar desde impactos na qualidade de vida (como herpes recorrente) a sequelas permanentes (como sífilis terciária). Portanto, o artigo vigente apresenta o objetivo de explanar aspectos que facilitam o diagnóstico diferencial e resumir o manejo clínico das principais infecções sexualmente transmissíveis que cursam com úlceras genitais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa com o objetivo explicado. Para isso, foram utilizados os bancos de dados da Scielo, PubMed, Lilacs, UpToDate e Google Acadêmico na determinação de artigos. Para seleção, a análise foi qualitativa. Coube ao estudo atual incrementar artigos cuja discussão determinasse a clínica e o tratamento das herpes genital, cancro mole, sífilis, granuloma venéreo e donovanose. RESULTADOS: O cancro mole cursa com múltiplas úlceras dolorosas, de fundo sujo, com adenopatia que fistuliza para 1 orifício. A herpes genital apresenta vesículas e úlceras dolorosas e limpas, adenopatia dolorosa que não fistuliza e que pode acompanhar sintomas prodrômicos. A sífilis possui diversos espectros da doença, cuja primária se manifesta com úlcera única e indolor, que some. O linfogranuloma venéreo evolui com pápula/úlcera indolor, adenopatia dolorosa que fistuliza em “bico de regador”. Por fim, a donovanose expressa úlcera profunda, crônica, indolor, cuja biópsia da lesão apresenta caracteristicamente corpúsculos de Donovan. CONCLUSÕES: As ISTs compõem uma importante parcela das enfermidades de grande repercussão sanitária, tal qual as doenças crônicas não transmissíveis. Dentre o espectro clínico das infecções que a compõem, a úlcera genital é um sinal desafiador na primeira abordagem clínica, dispondo uma gama de possibilidades diagnósticas. Nesse interim, uma vez que o diagnóstico é eminentemente clínico, faz-se determinante conhecer aspectos que facilitam o seu diagnóstico diferencial, bem como indicar o manejo mais adequado.

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ÚLCERAS GENITAIS POR INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E MANEJO CLÍNICO

  • DOI: 10.22533/at.ed.3202223085

  • Palavras-chave: Úlceras genitais. Infecções sexualmente transmissíveis. Diagnóstico diferencial. Tratamento.

  • Keywords: Genital ulcers. Sexually transmitted infections. Differential diagnosis. Treatment.

  • Abstract:

    INTRODUCTION: Genital ulcer is defined by a loss of the skin surface of the anogenital area, which affects at least the dermis and is usually associated with inflammatory signs. Among the diseases that occur with genital ulcers, sexually transmitted infections (STIs) represent the most frequent cause. These include genital herpes, chancroid, syphilis, granuloma venereum and donovanosis, whose degree of impairment can range from impacts on quality of life (such as recurrent herpes) to permanent sequelae (such as tertiary syphilis). Therefore, the current article aims to explain aspects that facilitate the differential diagnosis and summarize the clinical management of the main sexually transmitted infections that occur with genital ulcers. METHODOLOGY: This is a narrative review with the objective explained. For this, Scielo, PubMed, Lilacs, UpToDate and Google Scholar databases were used to determine articles. For selection, the analysis was qualitative. It was up to the current study to increase articles whose discussion determined the clinic and treatment of genital herpes, chancroid, syphilis, granuloma venereum and donovanosis. RESULTS: The soft chancre progresses with multiple painful ulcers, with a dirty base, with adenopathy that fistulizes to 1 orifice. Genital herpes presents with painful, clean vesicles and ulcers, painful adenopathy that does not fistulize and that may accompany prodromal symptoms. Syphilis has several spectra of the disease, the primary of which manifests as a single, painless ulcer that disappears. Lymphogranuloma venereum evolves with a painless papule/ulcer, painful adenopathy that fistulizes in a “watering can’s spout”. Finally, donovanosis expresses a deep, chronic, painless ulcer whose biopsy of the lesion characteristically shows Donovan bodies. CONCLUSIONS: STIs make up an important part of diseases with great health repercussions, such as chronic non-communicable diseases. Among the clinical spectrum of infections that compose it, genital ulcer is a challenging sign in the first clinical approach, offering a range of diagnostic possibilities. In the meantime, since the diagnosis is eminently clinical, it is crucial to know aspects that facilitate its differential diagnosis, as well as to indicate the most appropriate management.

  • Número de páginas: 11

  • Arthur Hebert Dantas Santos
  • Letícia Maria Cardoso Lima Rodrigues
  • Mariana Santana Silva Andrade
  • Victória Lima Cerqueira de Sousa
  • Milena Ferreira Ramalho
  • Marina Déda Peixoto Leite
  • Alessandra Vitória de Menezes Nunes
  • Zuleide Barros Luna Gomes
  • João Victor Alves de Oliveira
  • Ana Luiza Almeida Menezes
  • Felipe Augusto Gonçalves Costa Joia
  • Ana Cláudia Leal Cavalcanti
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