Trauma Torácico Severo (TTS) associado à completa luxação glenoumeral com exposição de úmero em paciente politraumatizado: Relato de Caso
O Trauma Torácico Severo (TTS) em um paciente politraumatizado indica uma maior morbimortalidade, possuindo complicações como hemorragia, choque, sepse, falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória. A gravidade desse trauma depende de fatores anatômicos como número de costelas fraturadas, presença de fraturas bilaterais, tórax instável e contusão pulmonar, sendo determinante para o manejo do paciente. Este relato trata-se de um caso de um TTS causado por acidente motociclístico seguido de atropelamento que apresentava sinais instabilidade hemodinâmica e choque, além de redução de murmúrio vesicular bilateralmente, dor torácica e dor em MSD, sendo observada exteriorização da cabeça do úmero direito no momento de admissão, sem indícios externos de tórax instável. Paciente foi estabilizada com reposição volêmica e protocolo de transfusão com hemocomponentes e encaminhada para realização de Tomografia Computadorizada (TC). No entanto, a paciente encontrava-se hemodinamicamente instável e hipoxêmica, o que exigiu sedoanalgesia para intubação orotraqueal e suporte com ventilação mecânica antes da ida ao Centro Cirúrgico da unidade. Posteriormente, foi submetida a esplenectomia, devido a contusões-lacerações grau IV no baço, e drenagem torácica em selo d`água bilateralmente, por conta da presença de hemopneumotórax à esquerda e pneumotórax à direita. Além de limpeza mecânico-cirúrgica com redução cruenta de luxação exposta de úmero direito. Após procedimento cirúrgico, a paciente foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu no pós-operatório sedada, sob Ventilação Mecânica durante 14 dias e hemodinamicamente estável. Nos 24 dias subsequentes na UTI, a paciente esteve com otimização de analgésicos para controle da dor, antibioticoterapia para controle de infecções e fisioterapia respiratória e motora com a finalidade de retomar sua capacidade respiratória e possibilitar a alta da UTI. Após esses 38 dias, a paciente foi encaminhada para a enfermaria, onde ficou em observação por 5 dias e, em seguida, recebeu alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial.
Trauma Torácico Severo (TTS) associado à completa luxação glenoumeral com exposição de úmero em paciente politraumatizado: Relato de Caso
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DOI: 10.22533/at.ed.26823310720
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Palavras-chave: Politraumatizado; Trauma Torácico Severo; Tórax Instável e Luxação exposta
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Keywords: Polytraumatized; Severe Thoracic Trauma; Unstable Chest and Exposed Dislocation
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Abstract:
Severe Thoracic Trauma (STT) in a polytraumatized patient indicates greater morbidity and mortality, with complications such as hemorrhage, shock, sepsis, multiple organ failure and respiratory failure. The severity of this trauma depends on anatomical factors such as the number of fractured ribs, the presence of bilateral fractures, flail chest and pulmonary contusion, being determinant for patient management. This report is about a case of a TTS caused by a motorcycle accident followed by being run over that showed signs of hemodynamic instability and shock, in addition to a reduction in bilateral breath sounds, chest pain and pain in the RUL, with exteriorization of the head of the right humerus being observed in the admission, without external signs of flail chest. The patient was stabilized with volume replacement and transfusion protocol with blood components and referred for Computed Tomography (CT). However, the patient was hemodynamically unstable and hypoxemic, which required sedoanalgesia for orotracheal intubation and support with mechanical ventilation before going to the Surgical Center of the unit. Subsequently, she underwent splenectomy, due to grade IV contusions-lacerations in the spleen, and water-seal thoracic drainage bilaterally, due to the presence of hemopneumothorax on the left and pneumothorax on the right. In addition to mechanical-surgical cleaning with open reduction of exposed dislocation of the right humerus. After the surgical procedure, the patient was transferred to the Intensive Care Unit (ICU), where she remained sedated postoperatively, under mechanical ventilation for 14 days and hemodynamically stable. In the subsequent 24 days in the ICU, the patient was receiving analgesics optimization to control pain, antibiotic therapy to control infections and respiratory and motor physiotherapy in order to regain her breathing capacity and allow her to be discharged from the ICU. After these 38 days, the patient was referred to the ward, where she was observed for 5 days and then discharged for outpatient follow-up.
- Gabriel Antunes Franco da Silva
- Robson Vieira da Silva
- Fernanda Pinto Torquato
- Maria Luísa Manhães Motta Ribeiro Gomes
- Karla Ribeiro Gama
- Camila Rodrigues de Melo