Introdução: O trauma esplênico representa uma das principais causas de morbimortalidade em pacientes vítimas de trauma abdominal. A evolução das técnicas diagnósticas e a implementação de estratégias de tratamento conservador transformaram a conduta médica nesse cenário. Objetivo: Esta revisão tem como objetivo analisar as evidências recentes sobre diagnóstico e tratamento do trauma esplênico, destacando avanços em imagem, conduta não operatória e critérios para intervenção cirúrgica. Métodos: Realizou-se uma revisão narrativa nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Cochrane e Google Acadêmico, incluindo estudos publicados nos últimos cinco anos. Foram selecionados estudos observacionais, revisões sistemáticas e ensaios clínicos relevantes sobre diagnóstico e terapêutica do trauma esplênico. Resultados e Discussão: O diagnóstico precoce com tomografia computadorizada revolucionou a avaliação do trauma esplênico. Estratégias conservadoras têm se mostrado seguras em pacientes estáveis, enquanto a embolização esplênica ampliou as indicações de preservação do órgão. Entretanto, a definição dos limites da conduta não operatória ainda gera controvérsias. Conclusão: O manejo do trauma esplênico deve ser individualizado, baseado na estabilidade hemodinâmica, extensão da lesão e recursos disponíveis. A integração entre diagnóstico por imagem, terapia endovascular e cirurgia constitui a base do tratamento contemporâneo.