Tratamento Medicamentoso para Carcinoma de Célula de Merkel: Revisão Sistemática de Ensaios Clínicos
INTRODUÇÃO: O carcinoma de células de Merkel é uma neoplasia cutânea relacionada à elevada malignidade, com recorrência de metástases linfonodais, que acometem cerca de 40% dos doentes e cujo tratamento se subordina à fase evolutiva do tumor e da histopatologia, o que pode ser feito por excisão cirúrgica ampla, radioterapia adjuvante, quimioterapia e radioterapia pós-cirúrgica. OBJETIVOS: Avaliar as terapias medicamentosas disponíveis para o tratamento do carcinoma de células de Merkel. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura, com a seleção de artigos científicos, nas bases de dados PubMed e Medline, utilizando os descritores MeSH/DeCS: “drug therapy AND Merkel cell carcinoma”. Foram encontrados 767 artigos originais, após aplicação dos filtros e eliminação dos artigos não condizentes, foram incluídos 15 artigos. RESULTADOS: O Avelumabe apresentou resposta durável, sobrevida livre de progressão, segurança e tolerabilidade, sem mortes relacionadas ao tratamento ou efeitos adversos de grau 4. O Pembrolizumabe demonstrou controle tumoral durável, perfil de segurança, geralmente, gerenciável e sobrevivência geral, com ocorrência de efeitos adversos. O Nivolumabe se relacionou a efeitos adversos em quase 50% dos pacientes em estudo e eventos de grau 3-4, em menos de 10% dos pacientes, sem toxicidades inesperadas. O Cabozantinibe não demonstrou atividade contra carcinoma de células de Merkel. O Utomilumabe foi associado à evidência preliminar de atividade antitumoral. O IMGN901 apresentou perfil de tolerabilidade aceitável e efeitos adversos, como: fadiga, neuropatia, dor de cabeça ou sintomas semelhantes aos de meningite, dor no peito, dispneia e mialgias. CONCLUSÃO: O Avelumabe tem impacto importante na vida dos pacientes, pois aumentou a sobrevida e reduziu o tamanho dos tumores; o Pembrolizumabe também apresentou controle tumoral eficiente e aumento da sobrevida, contudo, muitos pacientes apresentam efeitos adversos. Por fim, Nivolumabe, o Utomilumabe e o IMGN901 se mostraram como possíveis alternativas.
Tratamento Medicamentoso para Carcinoma de Célula de Merkel: Revisão Sistemática de Ensaios Clínicos
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DOI: 10.22533/at.ed.28421031112
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Palavras-chave: Carcinoma de Célula de Merkel; Tratamento Farmacológico; Nivolumabe; Efeitos Adversos; Antineoplásicos.
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Keywords: Merkel Cell Carcinoma; Drug Therapy; Nivolumab; Adverse Drug Event; Antineoplastic Agents.
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Abstract:
INTRODUCTION: Merkel cell carcinoma is a cutaneous neoplasm related to high malignancy, with recurrence of lymph node metastasis, which affects about 40% of patients and whose treatment is subordinated to the evolutionary stage of the tumor and histopathology, which can be done by wide surgical excision, adjuvant radiotherapy, chemotherapy and post-surgical radiotherapy. OBJECTIVES: To evaluate the drug therapies available for the treatment of Merkel cell carcinoma. METHODS: Systematic literature review, with selection of scientific articles, in the databases PubMed and Medline, using the MeSH/DeCS descriptors: "drug therapy AND merkel cell carcinoma". A total of 767 original articles were found and, after applying the filters and eliminating the non-matching articles, 15 articles were included. RESULTS: Avelumab showed durable response, progression-free survival, safety and tolerability, with no treatment-related deaths or grade 4 adverse effects. Pembrolizumab demonstrated durable tumor control, generally manageable safety profile, and overall survival with occurrence of adverse effects. Nivolumab was related to adverse effects in almost 50% of study patients and grade 3-4 events in less than 10% of patients, with no unexpected toxicities. Cabozantinib demonstrated no activity against Merkel cell carcinoma. Utomilumab was associated with preliminary evidence of antitumor activity. IMGN901 showed acceptable tolerability profile and adverse effects such as: fatigue, neuropathy, headache or meningitis-like symptoms, chest pain, dyspnea and myalgias. CONCLUSION: Avelumab has an important impact on patients' lives as it increased survival and reduced tumor size. Pembrolizumab also showed efficient tumor control and increased survival, however, many patients have adverse effects. Nivolumab, Utomilumab, and IMGN901 have been shown as possible alternatives.
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Número de páginas: 14
- Laura Feitoza Barbosa
- Isabel Cristina Borges de Menezes
- Natália Ribeiro Silvério
- Bruna Noronha Roriz
- Vitor Silva Evangelista
- Júlia de Oliveira Souza Teixeira
- Júlia Holer Naves Ribeiro
- Marília Teixeira de Moraes
- Eduarda de Soares Libânio
- Maria Antônia da Costa Siqueira
- Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
- Yuri Borges Bitu de Freitas