TRANSPORTE NEONATAL SEGURO: VAMOS GARANTIR UMA VIDA
Introdução: O transporte intrahospitalar
neonatal ocorre quando os pacientes
internados em unidade neonatal necessitam
realizar alguma intervenção cirúrgica ou
procedimento diagnóstico, tornando um
risco adicional para o recém-nascido (RN)
(BRASIL, 2010). Para realizar a transferência
desse paciente a outros setores é necessária
uma equipe especializada e conhecedora de
todas as etapas do transporte assegurando
a integridade física do RN minimizando os
riscos e agravos à saúde, mantendo seu
estado estável e fora de perigo (SILVA et al.,
2012). Objetivo: Descrever como ocorre o
transporte intra-hospitalar dos RN internados
em unidade de terapia intensiva neonatal
(UTIN). Metodologia: Relato de experiência
realizado na UTIN de um hospital terciário na
cidade de Sobral, localizada na Região Norte
do Estado do Ceará. A Unidade hospitalar conta
com dez leitos de UTI e 30 leitos de Unidade de
Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN). A
equipe multidisciplinar é composta por médico,
enfermeiro, nutricionista, fonoaudióloga,
assistente social e fisioterapeuta. Resultados:
Para que seja realizada a transferência de
um RN é necessária a disponibilidade de uma
incubadora de transporte, e esta, estando
pré-aquecida a uma temperatura média de 36
ºC. No interior da incubadora é colocado um
ninho feito com “cueiros” em formato de um
útero para aconchegar e proteger o RN, uma
“rodilha” que é colocada embaixo da cabeça,
para evitar que o mesmo fique girando levando
ao risco de hemorragia intraventricular, e
por último, afivelar o cinto de segurança em
formato de x. Além da incubadora, também há
os cilindros de oxigênio recarregáveis, balão
auto inflável com reservatório e máscaras ou
respirador neonatal, monitor cardíaco, oxímetro
de pulso, bomba de infusão e kit com material
para intubação e parada cardiorrespiratória.
Reunido todo o material, fazer o check list de
transporte seguro, documentar e anotar os registros no prontuário. Após essa etapa
comunicar ao setor que irá receber o RN, confirmando o procedimento a ser realizado
o deslocamento do mesmo (sendo que tal procedimento deve ser realizado o mais
breve possível). Análise crítica: As intercorrências relativas ao transporte intrahospitalar
são frequentes nos neonatos em UTI e estão associadas às condições
dos pacientes e dos transportes, tendo a hipotermia e a extubação acidental como
sendo os mais incidentes. Ressalta-se que, mesmo com o adequado preparo do
RN, as condições inerentes ao transporte, tais como barulho excessivo, vibrações e
alterações de temperatura comprometem a estabilidade clínica do paciente. Para tanto,
se faz necessário uma equipe multiprofissional treinada e conectada com os diversos
setores do hospital, em processo contínuo de educação permanente. Conclusão: Os
critérios para os transportes intra-hospitalares são estabelecidos pelos setores e os
profissionais envolvidos, modificando de acordo com o estado de cada paciente e sua
complexidade. A importância de uma equipe treinada para o sucesso do transporte
e, neste sentido, a educação continuada dos profissionais de saúde que atuam em
UTI é primordial para manter a qualidade do serviço de transporte. A elaboração de
novos estudos sobre o tema ajuda a estabelecer estratégias para transportar recémnascidos
com um nível de segurança clínica elevado.
TRANSPORTE NEONATAL SEGURO: VAMOS GARANTIR UMA VIDA
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DOI: 10.22533/at.ed.62619110333
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Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Transporte hospitalar, Cuidados de enfermagem.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Antonia Rodrigues Santana
- Aline Vasconcelos Alves Frota
- Ariano Wagner Alves de Oliveira
- Heliandra Linhares Aragão
- Karla Daniella Almeida Oliveira
- Letícia Kessia Souza Albuquerque