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Transporte Aeromédico

A história da atividade aeromédica está ligada aos conflitos militares e, ao longo dos anos, tornou-se um recurso bem estabelecido permitindo que pacientes possam ser removidos rapidamente e de forma segura. Segundo Russumano e Castro (2012), da mesma forma que a guerra trouxe grandes catástrofes para a humanidade, também trouxe progressos para as ciências médicas e ao desenvolvimento técnico científico.

Na Primeira Guerra Mundial iniciou-se os primeiros modelos de aeronaves, os aviões monomotores eram utilizados para transportar médicos, equipamentos e remédios em combate. O transporte de doentes e feridos era restrito aos casos mais extremos visando um acesso rápido à assistência médica em local seguro.

As aeronaves eram rudimentares, despressurizadas, com sistema de rede de oxigênio suplementar, em monomotores de velocidade média de 150 km/hora e os pacientes eram acomodados em compartimentos, já que a acomodação disponível era muito restrita (GOMES et al., 2013).

No entanto, o marco do uso do helicóptero como instrumento de resgate e salvamento a feridos aconteceu em 1950, na Guerra da Coréia, onde, segundo Gomes et al. (2013), aproximadamente 20.000 militares feridos foram resgatados por helicópteros de forma rudimentar, voando em baixa altitude com macas fechadas e sem equipe de vigilância durante a remoção.

O aprimoramento do uso de aeronaves de asa rotativa aconteceu durante a Guerra do Vietnã, dando origem ao transporte aeromédico moderno. Com o final da Guerra do Vietnã, toda a experiência militar e o conhecimento técnico desenvolvido foram aplicados no mundo civil e no atendimento médico de urgência dos grandes centros urbanos (SUEOKA; FREIXO; TAVERNA, 2021).

Esse marco no transporte aeromédico mundial reduziu consideravelmente o intervalo tempo para o atendimento médico aumentando a sobrevida de feridos mesmo em áreas remotas, além de possibilitar o pouso e a decolagem verticalmente em locais remotos.

No Brasil, de acordo com Schweitzer et al. (2017), o transporte aeromédico teve seu primeiro registro em 1950, na Região Norte, em Belém, através da criação do Serviço de Busca e Salvamento, no qual a Força Aérea Brasileira realizava a busca e salvamentos relacionados a acidentes aéreos.

Desde então, a realização do transporte aeromédico no país cresceu em quantidade e em complexidade de assistência, aumentando também o número de profissionais de enfermagem que atuam na remoção aérea de pacientes.

Portanto, fazer um histórico do transporte aeromédico no Brasil é uma tarefa difícil, mas absolutamente necessária, tendo em vista o grau de excelência que a especialidade vem, paulatinamente, atingindo.

Portanto, a atividade aeromédica brasileira surgiu da necessidade de propiciar ao paciente em estado crítico a oportunidade de ser tratado em hospitais de referências que, muitas vezes, por estarem em locais distantes, permitem acesso para usufruir de sua tecnologia de alto custo a poucos.

Com o crescimento da necessidade e com o desenvolvimento da medicina intensiva no país, houve um significativo avanço estrutural nos grandes centros de excelência, oferecendo tecnologia de ponta. Portanto, a importância do transporte aeromédico no Brasil fica estabelecida por sua dimensão continental e o fato de boa parte dessa tecnologia está concentrada na região sudeste correspondendo a 42,2% (SUEOKA; FREIXO; TAVERNA, 2021).

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Transporte Aeromédico

  • DOI: 10.22533/at.ed.9532317057

  • Palavras-chave: -

  • Keywords: -

  • Abstract:

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  • Rafael Abrantes de Lima
  • LETÍCIA LIMA BORGES
  • CLARISSA COELHO VIEIRA GUIMARÃES
  • DÉBORA FERNANDA HABERLAND
  • MÔNICA BEATRIZ ORTOLAN LIBARDI
  • FÁBIO JOSÉ DE ALMEIDA GUILHERME
  • MICHELLE TAVERNA
  • MARCELO DA SILVA DEHOUL
  • SELMA DE ALMEIDA PINTO
  • ROSANA CHAMI GENTIL
  • ALDIR DA SILVA JÚNIOR
  • DIOGO MENDONÇA
  • BEATRIZ GERBASSI COSTA AGUIAR
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