A transição energética, nos termos das políticas públicas europeia e portuguesa em vigor, para uma rápida descarbonização da sociedade e da economia, justificada com a urgente necessidade de combater as alterações climáticas e as suas consequências em termos de eventos extremos de diverso tipo. Propõe-se, assim, uma electrificação total das utilizações energéticas finais a realizar até 2050, fazendo-o através da intensa utilização de fontes renováveis de energia com características intermitentes. Esta opção implica muito significativa e extensa ocupação de solo no território continental português com unidades de produção/conversão FER, principalmente eólicas e fotovoltaicas. Uma tal transformação dos usos do solo territorial, na sua maior parte rústico/rural e florestal na actualidade, terá consequências no ordenamento, na paisagem e na economia territorial que importa serem devidamente ponderadas ex ante.