O presente artigo embasou-se

em uma pesquisa avaliativa do tráfico de

pessoas com destinação ao trabalho análogo

à de escravo no Estado de Mato Grosso do

Sul, por meio da transversalidade dos direitos

humanos e da publicização do tema em tela

para ventilação de seus aspectos para então

conscientizar a sociedade Estadual de sua

ocorrência. O crime em tela possui diversas

ramificações, mas uma forte predominância do

tráfico para exploração sexual e em seguida

para o trabalho escravo, sendo o primeiro

responsável pela maior captação de vantagens

financeiras. É incontroverso que a dignidade

da pessoa humana é o pilar da estrutura social

de todos os ordenamentos jurídicos, sociais e

culturais e, portanto, toda e qualquer agressão

a este alicerce fundamental traz prejuízos de

ordens imensurável, pois afasta o indivíduo do

que o identifica como ser humano, como sujeito

de direitos, como cidadão, despersonalizando-o

e equiparando-o a objeto. A importância desta

pesquisa se mostra crescente, vez que existe

grande necessidade de tornar mais evidente as

informações sobre o tema em tela, posto que,

o conhecimento é o divisor de águas para a

prevenção do crime narrado. Esta perspectiva

se encontra enraizada em nossas políticas

públicas governamentais, como o primeiro e o

segundo Plano Nacional de Enfrentamento ao

Tráfico de Pessoas.