TRABALHO, POLIDEZ E O JOGO DAS FACES: VIOLÊNCIA E SENTIDOS DISCURSIVOS NA FALA DOS “SAMUZEIROS”
Este estudo apresenta
considerações acerca de análise da linguagem
de profissionais do SAMU/Ce – unidades
móveis – a partir do trabalho de Marques, tendo
como foco o fenômeno da polidez linguística, a
partir da figuratividade. Para tanto, procuramos
verificar como os participantes da conversação
interagem uns com os outros, fazendo o trabalho
com as faces (E.Goffman), e como eles utilizam
o fenômeno da linguagem figurada, mais
especificamente da metáfora, como estratégia
de polidez linguística. a teoria da polidez,
neste trabalho, é vista como historicamente
situada e não de forma homogênea e
abstraída da realidade sociocultural, uma
vez que as estratégias de polidez, o uso da
figuratividade e o da metáfora, utilizadas por
esses trabalhadores, só podem ser entendidas
a partir da compreensão dos processos de
“invisibilidade social” que essas pessoas
sofrem. Tais pessoas, por conta principalmente
da necessidade de manterem seus postos de
trabalho, mesmo que precarizados, usam as
estratégias de polidez buscando a preservação
de suas faces, com uma forma de se manterem
e manterem a sobrevivência digna dos seus.
A presente reflexão pretende contribuir para
uma nova visão do fenômeno da polidez, ao
conclamar, em todos os seus momentos, um
olhar para os seus usos, não como fenômenos
isolados, sintomas da racionalidade humana,
demonstrada através da linguagem. Mas
sim, como um modo de ação de pessoas
que vivenciam experiências sociais variadas,
especialmente por meio da preservação de
suas faces para a preservação de seus postos
de trabalho.
TRABALHO, POLIDEZ E O JOGO DAS FACES: VIOLÊNCIA E SENTIDOS DISCURSIVOS NA FALA DOS “SAMUZEIROS”
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DOI: 10.22533/at.ed.69219160421
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Palavras-chave: Trabalho – Polidez – Violência – Faces – Linguística.
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Keywords: Atena
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Abstract:
ATENA
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Número de páginas: 15
- Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos
- Ana Maria Almeida Marques