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capa do ebook TERRITORIALIDADE, IDENTIDADE E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO SUDOESTE PARAENSE

TERRITORIALIDADE, IDENTIDADE E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO SUDOESTE PARAENSE

A partir da década de 1970, o estado Brasileiro – então sob a ditadura militar – estimulou processos de avanço da fronteira agrícola e ocupacional sobre o território amazônico. Sabemos que esse processo, viabilizado pelo Estado, a partir da construção de novas estradas federais, como a BR-163 (Cuiabá-Santarém), teve como um dos seus objetivos estabelecer uma “contra-reforma agrária”, especialmente no sul do país, processos problematizados e estudados por diversos pesquisadores ao longo das últimas décadas. Destarte o passar do tempo e suas contradições, o certo é que os processos de avanço da fronteira sobre a Amazônia continuam em curso, notadamente no estado do Pará sob a área de influência da BR-163. Se dando de forma semelhante, mas também específica, em relação aos processos de ocupação da fronteira no norte do estado de Mato Grosso - já que se torna uma extensão desses avanços a partir da década de 2000 -, as áreas sob influência da BR-163 paraense emergem como territórios cheios de disputas e conflitos fundiários, ambientais, políticos e sociais. A partir de dados de campo obtidos em estudo etnográfico realizado entre os anos de 2012 e 2014 numa pequena cidade recém colonizada situada no sul da BR-163 no Pará, chamada Cachoeira da Serra, apresento e refletir sobre alguns fatores envolvidos nestes processos mais recentes de ocupação e avanço da fronteira e o modo como os atores locais deste estudo de caso vivenciaram e compreendem suas experiências, trajetórias e expectativas.

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TERRITORIALIDADE, IDENTIDADE E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO SUDOESTE PARAENSE

  • DOI: 10.22533/at.ed.54120010713

  • Palavras-chave: fronteira amazônica, conflitos sociambientais, identidade, BR-163

  • Keywords: Amazonian frontier, social and environmental conflicts, identity, BR-163.

  • Abstract:

    From the 1970s onwards, the Brazilian state – that was under the military dictatorship - encouraged the agricultural frontier advancing processes over the Amazon territory. These processes, that the State made possible, from new federal roads construction, such as BR-163 (Cuiabá-Santarém), had as one of its objectives to establish a “agrarian counter-reform”, especially in the south of the country, processes problematized and studied by several researchers since the 1970s. Thus, the time passage and contradictions, the truth is that the advancing frontier processes over the Amazon are still underway, notably in the state of Pará under the BR-163 influence area. Taking place in a similar but also specific way in relation to the frontier occupation processes in the Mato Grosso northern region - since it became an extension of these advances from the 2000s onwards - the areas under Pará BR-163 influence emerge as territories full of land, environmental, political and social conflicts and disputes. Based on field data obtained in an ethnographic study carried out between the years 2012 and 2014 in a small recently colonized city located in the south of BR-163, named Cachoeira da Serra, I aim to present and reflect on some factors involved in these more recent occupation and advancing the frontier processes in the southwest of Pará and the way in which the local citizens of this study were experiencing and understanding their experiences, trajectories and expectations

  • Número de páginas: 16

  • Karina Andréa Tarca
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