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capa do ebook TERRA INDÍGENA MARÓ E CONFLITO SOCIOAMBIENTAL NA GLEBA NOVA OLINDA: UM OLHAR ETNOGRÁFICO

TERRA INDÍGENA MARÓ E CONFLITO SOCIOAMBIENTAL NA GLEBA NOVA OLINDA: UM OLHAR ETNOGRÁFICO

O presente trabalho tem como

objeto um conflito socioambiental em curso na

Gleba Nova Olinda, município de Santarém,

Pará, envolvendo atores sociais com distintos

modos de relacionamento ecológico com o

território em disputa: indígenas, extrativistas,

empresas madeireiras, administração pública e

o judiciário. Nesse conflito, a dinâmica territorial

dos povos indígenas Borari e Arapium, que

lutam pela demarcação da Terra Indígena Maró,

encontra-se em colisão frontal com os interesses

econômicos de empresas madeireiras que

atuam na área. Apoiadas por tais empresas,

um conjunto de associações agroextrativistas

da Gleba Nova Olinda propuseram ação na

Justiça Federal de Santarém para anular os

atos de reconhecimento do território indígena.

O Judiciário, chamado para resolver o conflito,

prolatou uma sentença que declarou não haver

povos indígenas na área, mas sim populações

tradicionais ribeirinhas. Diante desse cenário, o

presente trabalho faz uma análise etnográfica

sobre os discursos contidos no processo judicial

que questionou a demarcação da Terra Indígena

Maró, sobretudo o discurso do juiz responsável

pelo caso. Busca-se, a partir do embate travado

no processo, realizar uma descrição densa do

conflito socioambiental na Gleba Nova Olinda e

dos seus significados socioculturais, políticos e

territoriais.

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TERRA INDÍGENA MARÓ E CONFLITO SOCIOAMBIENTAL NA GLEBA NOVA OLINDA: UM OLHAR ETNOGRÁFICO

  • DOI: 10.22533/at.ed.1741906078

  • Palavras-chave: conflito socioambiental, direitos indígenas, Terra Indígena Maró.

  • Keywords: socio-environmental conflict, indigenous rights, Maró Indigenous Land.

  • Abstract:

    The present work has as object

    an ongoing socioenvironmental conflict in Gleba

    Nova Olinda, county of Santarém, Pará, involving

    social actors with different modes of ecological

    relationship with the territory in dispute:

    indigenous, extractive, logging companies,

    public administration and the judiciary. In this

    conflict, the territorial dynamics of the Borari

    and Arapium indigenous peoples struggling

    for the demarcation of the Maró Indigenous

    Land are in direct collision with the economic

    interests of timber companies operating in the

    area. Supported by these companies, a group of

    agro-extractive associations of the Gleba Nova

    Olinda proposed action in the Federal Court of

    Santarém to annul the acts of recognition of the

    indigenous territory. The Judiciary, called to resolve the conflict, issued a ruling declaring

    that there were no indigenous peoples in the area, but rather traditional riverside

    populations. Faced with this scenario, the present work makes an ethnographic analysis

    on the discourses contained in the judicial process that questioned the demarcation

    of the Maró Indigenous Land, especially the speech of the judge responsible for the

    case. It seeks, from the clash in the process, to carry out a dense description of the

    socio-environmental conflict in Gleba Nova Olinda and its socio-cultural, political and

    territorial meanings.

  • Número de páginas: 15

  • IB SALES TAPAJÓS
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