O trabalho discute os sentidos

implícitos presentes na proposta das Diretrizes

Curriculares para a formação inicial e continuada

de professores, especialmente a questão da

unidade teoria-prática. Tal proposta apresenta

a práxis como central ao processo formativo

docente. A formação docente considera

um conjunto teórico-prático imprescindíveis

à compreensão do que será observado,

apreendido e refletido nas horas de trabalho

como futuro professor. No contexto atual, é

necessário se repensar a teoria e a prática

docente como práxis, como prática docente

consciente, quando se almeja a transformação

social, com vistas à consecução de um projeto

educacional emancipatório. Desterritorializando

saberes fundamentais da Educação, as

diretrizes curriculares para a formação inicial

docente podem impedir a unidade teoria-prática

garantidora de uma formação docente apoiada

no aprendizado e exercício das práxis educativa.

Nesse território de disputas novo acontecimento

modifica o cenário, a promulgação da Base

nacional Comum Curricular vem aprofundar a

discussão, pois, deve promover mudanças no

texto da Diretriz Curricular atual, que terá que se

adequar à nova legislação. A pesquisa de cunho

qualitativo foi realizada com coordenadores

das Licenciaturas de Matemática, Química,

Física, Física a distâncias e Ciências Biológicas

dos cursos de uma Universidade do estado

de Minas Gerais. As questões curriculares

foram analisadas por meio das concepções

trazidas por Sacristán (2000) e Aplle (1997).

Após análise ficou explicito que os professores

coordenadores das licenciaturas esperam

que as modificações sejam urgentes e que as

diretrizes curriculares para a formação inicial

e continuada de professores preservem a

articulação teoria-prática e o caráter autônomo

da docência.