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capa do ebook Teoria da ação comunicativa versus “escola sem partido”: educar para ética e cidadania como alternativa ao esvaziamento da esfera pública

Teoria da ação comunicativa versus “escola sem partido”: educar para ética e cidadania como alternativa ao esvaziamento da esfera pública

O trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão sobre o ensino da ética e da cidadania no atual contexto escolar brasileiro. Partimos da Teoria da Ação Comunicativa de Habermas (1989) e Apel (1994) e propomos uma leitura histórico-conceitual da problemática envolvida no atual cenário educacional brasileiro que envolve movimentos como o “escola sem partidos” e polêmicas relacionadas com questões de gênero, raça e direitos humanos em geral. Seguindo o diagnóstico dos autores acima mencionados, as sociedades ocidentais desenvolveram um sistema de complementaridade no qual a razão é reduzida ao seu aspecto instrumental e domina o espaço público, ao passo que a ética tende a ser reduzida ao seu aspecto volitivo e ser relegada à esfera privada da vida. No cenário atual, parcelas conservadoras da sociedade civil, ou instituições sociais também conservadoras reclamam o espaço escolar como se este fizesse parte da esfera privada. É imprescindível, portanto, discutir o papel dos educadores na defesa da educação e da escola como representantes de valores sociais da esfera publica. Para isso, a concepção relativista deve ser superada por uma concepção de razão, ética e cidadania universalista, que inclua e respeite essas diferenças em um mesmo espaço público, guiado por valores democráticos, humanitários e emancipatórios. Concluiremos nosso argumento defendendo que cabe à escola promover esse fortalecimento da esfera pública, mediante o enfoque na razão comunicativa, democrática por definição, e universalizante por finalidade.

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Teoria da ação comunicativa versus “escola sem partido”: educar para ética e cidadania como alternativa ao esvaziamento da esfera pública

  • DOI: 10.22533/at.ed.50620180522

  • Palavras-chave: Ação Comunicativa, Escola sem Partido, Cidadania

  • Keywords: Comminicative Action. School without ideoloy movement. Citzenship.

  • Abstract:

    This work´s goal is to consider the teaching of ethics and citizenship in the contemporary brazilian school context. We begin at Habermas’ and Apel’s Theory of Comunicative Action. Then we present a historic and conceptual reading of the issue implicated in the brazilian educational setting that involves the current political movements such as “school without ideology” (“escola sem partidos”) and controversies related to gender, race and human rights in general. Following the author´s diagnosis it is possible to assume that western societies developed a complementary system in which rationality is reduced to its instrumental aspect and dominates the public spaces as ethics is reduced to its volitional aspect and is relegated to the private scope. In the current scenario, conservative institutions and populations demand the school’s space as their own private space. The role of educators in the defense of public value of education and school system is discussed. Therefore, the relativist conception of rationality, ethics and universal citizenship must be overcome, in such a way that these differences can be included and respected in a public space guided by democratic, humanitarian and emancipatory values. In conclusion, we defend that it is the schools’ responsibility to promote the strengthening of its public aspect through the targeting of communicative rationale which is by definition democratic and universal by design.

  • Número de páginas: 11

  • Claudia Teixeira Gadelha
  • Rodrigo Raimar Andrade Leite
  • Isabella Nunes de Albuquerque
  • Francisco Edineudo Sousa Ferreira
  • Alison Peterson Alves de Matos
  • Vicente Thiago Freire Brazil
  • Rafael Britto de Souza
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