Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

TENDÊNCIA TEMPORAL DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PARÁ (2020–2024): ANÁLISE DE CASOS, PRÉ-NATAL E DESFECHOS NEONATAIS

A sífilis congênita (SC) é uma doença infecciosa causada pela transmissão vertical do Treponema pallidum, representando um importante indicador da qualidade do pré-natal e da vigilância materno-infantil. Apesar de prevenível, sua persistência evidencia lacunas no rastreio, diagnóstico precoce e acompanhamento adequado da gestante. O objetivo deste estudo foi analisar a incidência da SC no estado do Pará entre 2020 e 2024, relacionando-a com a cobertura do pré-natal e os desfechos clínicos nos recém-nascidos. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, realizado a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo DATASUS. Foram incluídas todas as notificações de SC registradas no período, com análise de variáveis como idade materna, realização de pré-natal, idade do recém-nascido na notificação, classificação final do caso e evolução. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel e analisados por frequências absolutas e relativas. No período estudado, foram notificados 4.886 casos, com aumento progressivo até 2022 e redução em 2023. A taxa de incidência por 1.000 nascidos vivos atingiu 10,0 em 2022, acima do parâmetro da OMS (<0,5). A distribuição por sexo foi equilibrada, e 96,7% dos casos foram identificados nos primeiros seis dias de vida. A maioria das gestantes realizou pré-natal (85,2%), mas parcela significativa, especialmente entre jovens de 10 a 29 anos, não teve acompanhamento. Casos de SC recente predominaram, com 54 óbitos diretamente atribuídos à doença, além de natimortos e abortos relacionados. Esses achados evidenciam fragilidades no cuidado pré-natal e na vigilância epidemiológica, indicando que a redução da morbimortalidade neonatal depende de rastreio precoce, acompanhamento qualificado e monitoramento contínuo dos indicadores.
Ler mais

TENDÊNCIA TEMPORAL DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PARÁ (2020–2024): ANÁLISE DE CASOS, PRÉ-NATAL E DESFECHOS NEONATAIS

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.1612516101

  • Palavras-chave: Sífilis congênita; Pré-natal; Vigilância epidemiológica

  • Keywords: Congenital syphilis; Prenatal care; Epidemiological surveillance

  • Abstract: Congenital syphilis (CS) is an infectious disease caused by the vertical transmission of Treponema pallidum, representing an important indicator of the quality of prenatal care and maternal–child surveillance. Despite being preventable, its persistence highlights gaps in screening, early diagnosis, and proper follow-up of pregnant women. The aim of this study was to analyze the incidence of CS in the state of Pará between 2020 and 2024, relating it to prenatal care coverage and clinical outcomes in newborns. This is an epidemiological, descriptive, and retrospective study, based on secondary data from the Notifiable Diseases Information System (SINAN), provided by DATASUS. All reported cases of CS during the period were included, with analysis of variables such as maternal age, prenatal care attendance, newborn age at notification, final case classification, and clinical outcome. Data were tabulated in Microsoft Excel and analyzed using absolute and relative frequencies. During the study period, 4,886 cases were reported, with a progressive increase until 2022 and a decrease in 2023. The incidence rate per 1,000 live births reached 10.0 in 2022, exceeding the WHO benchmark (<0.5). The distribution by sex was balanced, and 96.7% of cases were identified within the first six days of life. Most pregnant women underwent prenatal care (85.2%), but a significant proportion—particularly among those aged 10 to 29 years—did not receive adequate follow-up. Recent CS cases predominated, with 54 deaths directly attributed to the disease, in addition to stillbirths and miscarriages. These findings highlight weaknesses in prenatal care and epidemiological surveillance, indicating that reducing neonatal morbidity and mortality depends on early screening, qualified follow-up, and continuous monitoring of health indicators.

  • Vinicius Azevedo barros
  • Marcus Vinícius Leão de souza
  • Thyssyane Brito de Oliveira
  • Khetlly K. Nogueira Vieira
  • Thallys Ferrer da Silva
  • Fábio Chidiack Oliveira
  • Rita de Cássia Freitas Gomes
  • Raqueline Gomes da Costa
  • Letícia Cordeiro Galletti
  • Yasmim Brito de Oliveira
  • Ana Paula Lima Xavier Taveira
  • Valmir Maioli do Nascimento Júnior
  • Rebeca Oliveira Silva
  • Eduardo Passarelli Ferreira
  • Lucas Gabriel Olsen Vasconcelos
Fale conosco Whatsapp