Temporalidades: Imagem e poder na Propaganda Fide inquisitorial
Resumo
Quais as ferramentas teóricas fundamentais para captar nas imagens da Inquisição os significados da propaganda produzida por uma instituição coercitiva? Como analisar estas imagens inseridas no tempo em que elas foram produzidas? Como os estudos iconológicos podem contribuir para a apreensão histórico-cultural de uma determinada época? Sob estes enfoques serão analisados alguns elementos do sistema simbólico das armas da Inquisição que por meio de representações da cruz, da espada, do ramo de oliveira apresentam um testemunho iconográfico que pode trazer em si uma dose de mistério. Por vezes este segredo mostra-se indecifrável ou aponta um quê de transcendência que não se deixa revelar numa primeira leitura, ou quem sabe nunca se revele plenamente. Com a intenção de defender a sua doutrina, a Inquisição serviu-se de imagens e símbolos para robustecer a ortodoxia da fé, propagando em Portugal e nas possessões ultramarinas uma verdadeira pedagogia salvacionista. Temporalidades e contextos culturais específicos indicam que as possibilidades interpretativas de uma determinada gravura não se esgotam apenas num olhar. Ela mantém sigilos que se manifestam na percepção de cada leitor.
Temporalidades: Imagem e poder na Propaganda Fide inquisitorial
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DOI: 10.22533/at.ed.9432012025
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Palavras-chave: Palavras-chave: Inquisição; imagens; poder; temporalidade
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Keywords: Palavras-chave: Inquisição; imagens; poder; temporalidade
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Abstract:
Quais as ferramentas teóricas fundamentais para captar nas imagens da Inquisição os significados da propaganda produzida por uma instituição coercitiva? Como analisar estas imagens inseridas no tempo em que elas foram produzidas? Como os estudos iconológicos podem contribuir para a apreensão histórico-cultural de uma determinada época? Sob estes enfoques serão analisados alguns elementos do sistema simbólico das armas da Inquisição que por meio de representações da cruz, da espada, do ramo de oliveira apresentam um testemunho iconográfico que pode trazer em si uma dose de mistério. Por vezes este segredo mostra-se indecifrável ou aponta um quê de transcendência que não se deixa revelar numa primeira leitura, ou quem sabe nunca se revele plenamente. Com a intenção de defender a sua doutrina, a Inquisição serviu-se de imagens e símbolos para robustecer a ortodoxia da fé, propagando em Portugal e nas possessões ultramarinas uma verdadeira pedagogia salvacionista. Temporalidades e contextos culturais específicos indicam que as possibilidades interpretativas de uma determinada gravura não se esgotam apenas num olhar. Ela mantém sigilos que se manifestam na percepção de cada leitor.
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Número de páginas: 11
- Geraldo Pieroni