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TDAH NA PERSPECTIVA NUTRICIONAL

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem como característica a distração, ansiedade, comportamentos impulsivos e excesso de atividade motora, além do próprio déficit de atenção. O mais comum é que seja diagnosticado na infância, sendo o tratamento mais indicado a combinação de medicação com psicoterapia. Apesar de ainda não estarem claras as causas do TDAH, estudos mostram que a origem de tal transtorno é multifatorial, envolvendo alergias a alimentos e aditivos químicos, questões genéticas, distúrbios alimentares, entre outros fatores. Este trabalho tem por objetivo reunir informações disponíveis na literatura referentes à influência da dieta e nutrição no desenvolvimento do TDAH em crianças. Para tanto, o método utilizado foi uma revisão integrativa da literatura, com caráter exploratório, por meio de pesquisas em artigos científicos que tratam do tema. Os nutrientes são de extrema importância para o funcionamento do cérebro, sendo que alterações em algumas regiões podem interferir na capacidade de manter a atenção e no autocontrole do comportamento. Além disso, alimentação inadequada durante o pré-natal pode levar a alterações epigenéticas que afetam o desenvolvimento cerebral da criança na gestação. Além disso, as crianças com TDAH apresentam carências alimentares, como deficiência em ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-3, zinco, ferro, vitaminas do complexo B e vitamina D. Algumas formas de reduzir os sintomas estão relacionadas com a melhoria na alimentação, com a ingestão dos nutrientes citados e a exclusão de alimentos com potenciais alergênicos, tais como glúten, leite, oleaginosas, chocolate e ovos. Esta exclusão não deve ser total: deve-se realizar tentativas, nas quais verifica-se a redução dos sintomas conforme se elimina um destes tipos de alimentos. Caso se perceba que os sintomas têm relação direta com algum destes alimentos, estes devem ser retirados da alimentação da criança. Também deve-se evitar a ingestão de grandes quantidades de alimentos ricos em açúcar, corantes e conservantes. Sendo assim, a nutrição pode ser uma grande aliada no tratamento de indivíduos com TDAH, por intermédio de uma alimentação que combine a inclusão de agentes que protejam e auxiliem no funcionamento cerebral com a exclusão de alimentos que sirvam de gatilhos que contribuem para esta desordem.

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TDAH NA PERSPECTIVA NUTRICIONAL

  • DOI: 10.22533/at.ed.4232315025

  • Palavras-chave: TDAH, hiperatividade, déficit de atenção.

  • Keywords: ADHD, hyperactivity, attention deficit.

  • Abstract:

    Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is characterized by distraction, anxiety, impulsive behavior and excessive motor activity, in addition to the attention deficit itself. The most common is that it is diagnosed in childhood, with the most indicated treatment being the combination of medication and psychotherapy. Although the causes of ADHD are still unclear, studies show that the origin of this disorder is multifactorial, involving allergies to food and chemical additives, genetic issues, eating disorders, among other factors. This work aims to gather information available in the literature regarding the influence of diet and nutrition on the development of ADHD in children. Therefore, the method used was an integrative literature review, with an exploratory character, through research in scientific articles dealing with the subject. Nutrients are extremely important for the functioning of the brain, and changes in some regions can interfere with the ability to maintain attention and self-control behavior. In addition, inadequate nutrition during prenatal care can lead to epigenetic changes that affect the child's brain development during pregnancy. In addition, children with ADHD have dietary deficiencies, such as a deficiency in omega-3 polyunsaturated fatty acids, zinc, iron, B vitamins and vitamin D. Some ways to reduce symptoms are related to improved nutrition , with the intake of the aforementioned nutrients and the exclusion of foods with potential allergens, such as gluten, milk, oilseeds, chocolate and eggs. This exclusion should not be total: attempts should be made, in which there is a reduction of symptoms as one of these types of foods is eliminated. If it is noticed that the symptoms are directly related to any of these foods, they should be removed from the child's diet. Also avoid ingesting large amounts of foods rich in sugar, dyes and preservatives. Thus, nutrition can be a great ally in the treatment of individuals with ADHD, through a diet that combines the inclusion of agents that protect and aid in brain functioning with the exclusion of foods that serve as triggers that contribute to this disorder.

  • Ana Evelyn Tavares do Nascimento
  • TENÓRIO, Débora Patrícia López
  • BOSCOLO, Ricardo Alessandro
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