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Suscetibilidade in vitro de Pythium insidiosum frente aos óleos de Helianthus annus L., Eugenia caryophyllata e suas combinações

Pythium insidiosum é um oomiceto aquático causador da pitiose, uma enfermidade infecciosa, não contagiosa, e de prognóstico desfavorável. Fármacos antifúngicos convencionais são pouco eficazes sobre esse micro-organismo, pois a maioria possui seu mecanismo de ação atuando sobre o ergosterol da membrana celular, que está ausente neste oomiceto. Apesar do avanço nas pesquisas, o tratamento da pitiose ainda não está completamente estabelecido. Diante desses fatos, a terapia utilizando óleos essenciais de plantas bioativas e suas associações surgem como novas alternativas no combate a esse patógeno. O presente estudo buscou avaliar a suscetibilidade in vitro de P. insidiosum frente ao óleo de Helianthus annus L. ozonizado e a Eugenia caryophyllata individualmente e combinados entre si, frente a 30 e 20 isolados clínicos de P. insidiosum, respectivamente. O inóculo utilizado no teste de suscetibilidade foi preparado a partir de cultura micelial de P. insidiosum. Para a realização do teste de suscetibilidade empregou-se o método de microdiluição em caldo baseado no protocolo M-38A2 do CLSI e as combinações foram avaliadas pela técnica de cherkerboard. O óleo de H. annus L. e E. caryophyllata foram obtidos comercialmente e os componentes do óleo essencial foram previamente determinados pelo fabricante. As concentrações testadas variaram entre 56.000μg/mL a 0,05 μg/mL para ambos os óleos. A leitura levou em consideração o crescimento ou não de hifas, sendo identificada a Concentração Inibitória Mínima (CIM). As concentrações acima da concentração inibitória mínima foram utilizadas para determinação da Concentração Oomicida Mínima (COM). A menor concentração do óleo que não evidenciou crescimento foi considerada a COM. Os resultados para os testes isoladamente demonstram que a CIM50 e CIM90 foram de 3500 µg/mL e 28000 µg/mL, respectivamente para H. annus L. e de 875 µg/mL e 7000 µg/mL, respectivamente para E. caryophyllata. A combinação de ambos os óleos evidenciou sinergismo em 95% (19/20) dos isolados avaliados e indiferença em 5% (1/20). Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que os óleos de H. annus L. e E. caryophyllata podem constituir-se numa terapia adicional ao tratamento da pitiose. No entanto, outras pesquisas são necessárias para verificar sua aplicabilidade em pitiose clínica. 

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Suscetibilidade in vitro de Pythium insidiosum frente aos óleos de Helianthus annus L., Eugenia caryophyllata e suas combinações

  • DOI: WhatsApp 16/08

  • Palavras-chave: Oomicetos, pitiose, Helianthus annus L., Eugenia caryophyllata.

  • Keywords: 10.22533/at.ed.4402229093

  • Abstract:

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  • Número de páginas: 17

  • Caroline Quintana Braga
  • Júlia de Souza Silveira
  • Daniela Isabel Brayer Pereira
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