SUDACAS – CORPOS INSURGENTES: CARTOGRAFANDO CORPOS TRANS COM A CÂMERA POR UMA ARTE POLÍTICA
Este artigo objetiva a uma
ruptura com o discurso colonizador e aos
seus mecanismos de repressão na América
Latina, cujos dispositivos nos condicionaram
a permanecer como periferia do “primeiro
mundo”, ou seja, com uma cartografia
eurocêntrica ocidental à constituição política
de nossos corpos como subalternizados. Esse
invólucro precisa ser problematizado, e essa é a
proposta de várias insurgências na arte política
latino-americana. Por meio de uma abordagem
interseccional, embasando-se nas teorias
feministas, e também nas contribuições do
movimento Kuir/cuir, dos estudos descoloniais
e de epistemologias do Sul, busca-se romper
com uma representação de subalternidade,
propondo a ideia de corpos insurgentes. Pois,
a descolonização, parte da ruptura contra as
forças de dominação e à insubordinação aos
processos psíquicos que são articulados para
nos manterem como sujeitos colonizados,
suplantando a ideia de que seríamos inferiores.
Assim, propor uma política sexual afirmativa
implica na descolonização do pensamento
latino-americano sobre as identidades forjadas,
gerando práticas dissonantes das hegemônica
e genealógica impostas. Nesse sentido,
este artigo limita-se a expor partes dessa
cartografia, pois não há como contemplar as
múltiplas expressões e subjetividades de uma
territorialidade tão diversa a não ser a questão
da desterritorialização colonial.
SUDACAS – CORPOS INSURGENTES: CARTOGRAFANDO CORPOS TRANS COM A CÂMERA POR UMA ARTE POLÍTICA
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DOI: 10.22533/at.ed.80719240430
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Palavras-chave: Transexuais/travestis; Interseccionalidade; Arte Política; América Latina.
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Keywords: Transsexuals /Transvestites; Intersectionality; Political Art; Latin America
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Abstract:
This article aims at a rupture with
the colonizing discourse and its mechanisms of
repression in Latin America, whose devices have
conditioned us to remain as periphery of the
“first world”, that is, with a western eurocentric
cartography to the political constitution of our
bodies as subalternized . This envelope needs
to be problematized, and this is the proposal of
several insurgencies in Latin American political
art. Through an intersectional approach, based
on feminist theories, and also on the contributions
of the Kuir/cuir movement, from the decolonial
studies and from the epistemologies of the
South, it seeks to break with a representation
of subalternity, proposing the idea of insurgent bodies. For decolonization is part of the
rupture against the forces of domination and insubordination to the psychic processes
that are articulated to keep us as colonized subjects, supplanting the idea that we would
be inferior. Because, proposing affirmative sexual politics implies the decolonization
of Latin American thinking about forged identities, generating dissonant practices of
the imposed hegemonic and genealogical. In this sense, this article confines itself to
exposing parts of this cartography, since there is no way to contemplate the multiple
expressions and subjectivities of a territoriality so diverse as the question of colonial
desterritorialization.
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Número de páginas: 15
- Rosa Maria Berardo
- JANAYNA MEDEIROS PINTO SANTANA