SUBVERSÃO EM PERFORMANCE NA ESCOLA PÚBLICA E DIÁLOGOS COM AS POLÍTICAS CULTURAIS
Neste artigo, busquei relações entre a subversão em artes, na transgressão como elemento da performance, com aspectos das economias locais em cultura, no espaço da escola pública, onde sou professor. No percurso de meu doutorado, construo paralelos com alguns conceitos de política cultural no sistema econômico e político vigente, chamando a atenção crítica para a arte formatada nos ambientes de educação apenas como um produto restrito a dissimular ausências e carências, a falta de acesso às ampliações de percepções estéticas, que evocam para mim um embate contra a simples reprodutibilidade de sistemas artísticos. Benhamou, no texto A economia da cultura, fala em política cultural e pública de forma que estas possam construir pontes entre a arte, tomada como uma imanência completa e total do indivíduo e sua idiossincrasia – utopias pessoais, realidades internas, ontológicas e subjetivas –, e o sistema do qual o mercado faz parte, com seus efeitos monopolistas. Desse modo, podemos mostrar um pouco sobre como estabelecer essas relações entre arte crítica subversiva, de confronto ideológico, moral, institucional, burocrático, com as políticas culturais que podem revitalizar espaços, gerar economias locais, sociais, e a geração de receitas em contato com o aspecto de mercado, sem que este absorva totalmente o ato criativo, transformando-o num produto sem história, sem vida, “sem alma”, a não ser que esse seja o objetivo da produção artística em questão.
SUBVERSÃO EM PERFORMANCE NA ESCOLA PÚBLICA E DIÁLOGOS COM AS POLÍTICAS CULTURAIS
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DOI: 10.22533/at.ed.4742007104
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Palavras-chave: Performance; Escola pública; Políticas culturais.
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Keywords: Performance; Public school; Cultural policies.
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Abstract:
In this article, I looked for relationships between subversion in arts, transgression as an element of performance, and aspects of local economies in culture inside the public school space, where I am a teacher. In the course of my doctorate, I draw parallels with some concepts of cultural policy in the current economic and political system, doing critical attention to art formatted in educational environments only as a product restricted to concealing absences and needs, the lack of access to expansions. In the aesthetic perceptions, which evoke for me a struggle against the simple reproducibility of artistic systems, with the students, I question for everybody about it. Benhamou, in the text The economy of culture, talks about cultural and public policy, so that they can build bridges between art, taken as a complete and total immanence of the individual and his idiosyncrasy - personal utopias, internal, ontological and subjective realities -, and the system of which the market is a part, with its monopolistic effects. In this way we can show a little about how to establish these relationships between subversive critical art, of ideological, moral, institutional, bureaucratic confrontation, with cultural policies that can revitalize spaces, generate local, social economies, and the generation of revenues in contact with the market aspect, without it totally absorbing the creative act, transforming it into a product without history, without life, “without soul”, unless that is the objective of the artistic production in question.
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Número de páginas: 19
- Thiago Camacho Teixeira