Subordinação e Subalternidade da mulher indígena em Criada (2009), de Matías Herrera Córdoba
O presente trabalho dedica-se a analisar o filme argentino Criada, 2009, de Matías Herrera Córdoba, que apresenta em sua trama uma denúncia de exploração, a partir da árdua vida de uma mulher indígena mapuche, de aproximadamente 50 anos, nascida no sul da Argentina, que foi levada criança para ser criada de uma família branca. O filme mostra o cotidiano desta mulher, que trabalha incessantemente na casa e na fazenda dos patrões, realizando trabalhos pesados, porém nunca recebeu salário e vive em condições precárias. Pretende-se analisar o processo de subordinação sofrido pela protagonista em suas relações com a família branca, considerando-se que ela faz parte simultaneamente de três grupos subalternos: mulher, indígena e pobre. A pesquisa apoia-se principalmente em Saríah Acevedo para analisar a tripla subordinação e em Adelma Pimentel para observar a violência psicológica. Ainda coloca-se em foco como a protagonista é construída como o outro, a partir dos conceitos de Spivak (2010), em Pode o subalterno falar? Entende-se que na condição de outro, como sujeito subalterno, por ser indígena, pobre e mulher, Hortência, a protagonista do filme, desde criança sofreu diferentes formas de violência, que a subordinaram, emocional e economicamente à família branca, de uma forma análoga ao trabalho escravo.
Subordinação e Subalternidade da mulher indígena em Criada (2009), de Matías Herrera Córdoba
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DOI: 10.22533/at.ed.18820280216
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Palavras-chave: Mulher; Indígena; Mapuche; Subordinação; Subalternidade.
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Keywords: Mujer; Indígena; Mapuche; Subordinación; Subalternidad.
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Abstract:
El presente trabajo dedicase a hacer un análisis de la película argentina Criada, 2009, de Matías Herrera Córdoba, que presenta como trama una denuncia de explotación, a partir de la ardua vida de una mujer indígena mapuche, de aproximadamente 50 años, nacida en el sur de Argentina, que fue tomada de niña para ser Criada de una familia blanca. La película muestra la vida cotidiana de esta mujer, que trabaja incesantemente en el hogar y en la finca, haciendo un trabajo duro, pero nunca recibió un salario y vive en condiciones precarias. Se pretende analizar el proceso de subordinación que sufre la protagonista en sus relaciones con la familia blanca, considerando que ella forma parte simultáneamente de tres grupos subordinados: mujer, indígena y pobre. La investigación se basa principalmente en Saríah Acevedo para analizar la triple subordinación y Adelma Pimentel para observar la violencia psicológica. Todavía se centra en cómo se construye el protagonista como el otro, a partir de los conceptos de Spivak (2010), en ¿Puede hablar el subalterno? Se entiende que, en la condición de otro, como sujeto subalterno, por ser indígena, pobre y mujer, Hortência, la protagonista de la película, desde niña sufrió diferentes formas de violencia, que la subordinaron, emocional y económicamente a la familia blanca, de una manera análoga al trabajo esclavo.
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Número de páginas: 15
- Rosangela Schardong
- Larissa Natalia Silva