Este trabalho constitui-se numa

análise qualitativa, eminentemente teórica,

na qual foi utilizada a metodologia de leitura

crítico-interpretativa de dados, tendo por base

a produção de subjetividade na divulgação

científica na Revista ELO - Diálogos em

Extensão. É importante que os conhecimentos

das comunidades científicas cheguem a outras

comunidades por meio de trabalhos de extensão

universitária, já que pretendem responder ao

interesse e às necessidades dos cidadãos

pela troca significativa de saberes entre o meio

acadêmico e o não acadêmico. Também a

divulgação científica deve ser realizada como

caminho estratégico para novas discussões

sobre as implicações ambientais e sociais da

tecnologia e da ciência na sociedade. Como

ocorre um crescente interesse da população

pelas novas investigações e descobertas

científicas, aumenta a demanda de divulgação

desse conhecimento técnico-científico para a

sociedade, por meio de trabalhos de extensão,

como forma de interar o meio científico e o

social; de prestar contas à sociedade; de manter

as políticas de investimentos em pesquisas

futuras. Porém a divulgação científica em

projetos de extensão pode ainda servir a

interesses de manutenção hegemônica da

ciência entre outras esferas do contexto social,

bem como de indução do pensamento do público

leigo a respeito da “verdade científica”. Assim,

cientistas e pesquisadores, atravessados pelos

compromissos de seus currículos também

podem buscar o caminho da divulgação. Por

isso, torna-se relevante a discussão proposta

por este estudo no sentido de se compreender

a produção de subjetividade na divulgação

científica em trabalhos extensionistas publicados

pela Revista ELO e de encadeamentos teóricopráticos

sobre esse assunto.