Stress e Enfermagem: o corpo cuidador
O estudo busca refletir sobre as concepções de stress das(os) enfermeiras(os) que atuam em Centro Cirúrgico e em Centro de Terapia Intensiva de um hospital-escola localizado no estado da Paraíba. Uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, permitiu perceber que, ao falar sobre stress, esses(as) profissionais evocavam seus corpos e manifestações corporais. A pesquisa possibilitou, portanto, compreender as íntimas relações entre, stress, enfermagem e corpo cuidador. Apreendeu-se que no processo de cuidar, um corpo cuidador se depara com um corpo enfermo; no ato de cuidar e na busca de produzir saúde, o corpo cuidador sofre e adoece; o corpo cuidador exerce sua prática diante do outro e de si mesmo. Conclui-se que a linguagem de stress, acionada como uma forma de pensar a realidade do hospital, denuncia assim o sofrimento e assinala mesmo a possibilidade de enfermeiras(os) adoecerem nas práticas de cura. O corpo revela uma vivência singular que, ao se entregar ao cuidado, muitas vezes ultrapassa seus limites.
Stress e Enfermagem: o corpo cuidador
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9892116071
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Palavras-chave: Etnografia. Stress. Enfermeiros. Corpo cuidador. Centro de Terapia Intensiva. Centro Cirúrgico.
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Keywords: Ethnography. Stress. Nurses. Caregiver’s body. Intensive Care Units. Surgical Center.
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Abstract:
The study seeks to reflect on the concepts of stress among female and male nurses that work in the Surgical Center and Intensive Care Center of a teaching hospital in the state of Paraíba. Qualitative ethnographic research allowed us to perceive that when talking about stress, these professionals mentioned their bodies and bodily manifestations. The research undertaken allowed us to understand the intimate relationships between the body, stress and nursing. It was understood that in the care process, a caregiver’s body is faced with a sick body; in the act of caring and seeking to produce health, the caregiver’s body suffers and becomes ill; the caregiver’s body exerts its practice faced with the other and itself. It is concluded that the language of stress, triggered as a way of thinking about the reality of the hospital, thus denounces suffering and even points out the possibility of nurses becoming ill in healing practices. The body reveals a singular experience that, when giving itself to care, often goes beyond its limits.
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Número de páginas: 15
- Odilon da Silva Castro
- Pedro Paulo Gomes Pereira
- MARIA DAS GRAÇAS TELES MARTINS