Este trabalho avalia o processo

de socialização possível em um condomínio

vertical do Programa “Minha Casa, Minha Vida”

implantado em 2011 em Curitiba, inicialmente

composto por famílias cadastradas na COHAB

e famílias de áreas de risco ambiental. A

pesquisa usa informações socioeconômicas

iniciais do cadastro da COHAB; base de dados

atualizada através de pesquisa de campo;

análise de trajetórias de famílias, obedecendo

o perfil socioeconômica do condomínio. Os

principais resultados apontam que a política

cumpre parcialmente seu papel de garantia da

casa própria, sem considerar as despesas de

um condomínio vertical; muitos vendem seus

imóveis e voltam para as áreas de risco. Além da

homogeneidade relativa de renda, associam-se

experiências e expectativas diversas da vida em

um ambiente coletivo. A partir do estranhamento

e da dificuldade na adaptação a esta forma de

moradia, as famílias recorrem a novas redes de

sociabilidade e de controle social, com grande

mediação das práticas religiosas;