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capa do ebook SLAM SURDO: POESIA ORAL INCLUSIVA E ENGAJADA EM ESPAÇOS URBANOS CONTEMPORÂNEOS

SLAM SURDO: POESIA ORAL INCLUSIVA E ENGAJADA EM ESPAÇOS URBANOS CONTEMPORÂNEOS

O slam, evento literário caracterizado, grosso modo, pela junção de um sarau com uma competição haja vista que é uma reunião literária noturna e um campeonato no qual se elege a melhor performance poética oral, destaca-se na contemporaneidade como um espaço político.  Nesses espaços algumas pessoas surdas e que se expressam por uma língua gestual-visual, a Língua Brasileira de Sinais – Libras, têm ganhado visibilidade por abordarem em suas poesias temas relacionados à sua condição de grupos minoritários oprimidos por uma sociedade capitalista que os reconhece de direito mas não de fato.  Edinho Santos, em São Paulo e Gabriela Grigolom Silva, em Curitiba são os slammers surdos cujas poesias constituem o corpus deste trabalho.  A Lei 10.436 que reconheceu a Libras e o Decreto-Lei 5626 que a regulamentou embora representem um avanço em termos de acessibilidade e inclusão não comportam, na prática, sob o ponto de vista dos  surdos, as condições efetivas para uma sociedade inclusiva.  Os dois poetas citados aproximaram-se, em condições diferentes, de slams com pessoas não surdas, consorciando-se a intérpretes da Libras passando a utilizar esses espaços literários como plataforma de denúncias e reivindicações, conforme mostraremos.

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SLAM SURDO: POESIA ORAL INCLUSIVA E ENGAJADA EM ESPAÇOS URBANOS CONTEMPORÂNEOS

  • DOI: 10.22533/at.ed.9812218025

  • Palavras-chave: Slam surdo; Poesia oral; Literário-político.

  • Keywords: Deaf Slam; oral poetry; Literary-political.

  • Abstract:

    The slam, a literary event characterized, generally speaking, by the combination of a soiree with a competition, given that it is a nightly literary meeting and a championship in which the best oral poetic performance is chosen, stands out in contemporary times as a political space . In these spaces, some deaf people who express themselves through a visual-sign language, the Brazilian Sign Language – Libras, have gained visibility by addressing in their poetry themes related to their condition as minority groups oppressed by a capitalist society that recognizes them by right but not really. Edinho Santos, in São Paulo and Gabriela Grigolom Silva, in Curitiba are the deaf slammers whose poetry constitutes the corpus of this work. Although Law 10,436 recognized Libras and Decree-Law 5626 that regulated it, although they represent an advance in terms of accessibility and inclusion, they do not, in practice, present, from the point of view of the deaf, the effective conditions for an inclusive society. The two mentioned poets approached, under different conditions, slams with non-deaf people, associating themselves with Libras interpreters, starting to use these literary spaces as a platform for complaints and claims, as we will show.

  • Número de páginas: 13

  • wanderlina maria de souza araújo
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