SITUAÇÃO ATUAL DA MOSCA NEGRA DOS CITROS NO ESTADO DE ALAGOAS
O primeiro registro da mosca-negrados-
citros Aleurocanthus woglumi Ashby, 1915
(Hemiptera: Aleyrodidae) no Brasil ocorreu em
2001 na região metropolitana de Belém no
estado do Pará. Atualmente, está disseminada
em vários outros estados brasileiros, causando
severos danos à citricultura. Em Alagoas, a
região do Vale do Mundaú, principalmente os
municípios de União dos Palmares, Branquinha,
São José da Laje, Ibateguara e Santana do
Mundaú, se destaca pela predominância da
citricultura. O primeiro relato de A. woglumi em
Alagoas ocorreu em junho de 2014. Diante da
importância econômica e social da cultura de
citros para o estado, este trabalho teve como
objetivo avaliar a situação atual da mosca negra
em diferentes localidades e municípios com
plantas hospedeiras. As primeiras inspeções
foram realizadas em áreas urbanas em Maceió-
AL, no período de junho a agosto de 2014 por
fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Agência
de Defesa e Inspeção Agropecuária do estado
de Alagoas (ADEAL) e por pesquisadores da
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A
partir deste período foram realizadas vistorias
aleatórias nos 102 municípios do estado. A
presença dos insetos foi observada na face
inferior das plantas de mangueira - Mangifera
indica; citros - Citrus spp.; pitangueira - Eugenia
uniflora; azeitona preta - Syzygium jambolanum
e jaqueira - Artocarpus heterophyllus, sendo
coletadas as fases de ninfas e adultos do
inseto e acondicionados em microtubos
plásticos contendo álcool a 70% para posterior
identificação. Os espécimes foram identificados
pelo Laboratório Agronômica, em Porto Alegre-RS, como A. woglumi. Atualmente, a
praga encontra-se distribuída em 100% dos municípios alagoanos em pelo menos
uma espécie hospedeira.
SITUAÇÃO ATUAL DA MOSCA NEGRA DOS CITROS NO ESTADO DE ALAGOAS
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Palavras-chave: Aleurocanthus woglumi, Rutaceae, praga quarentenária
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Keywords: Aleurocanthus woglumi, Rutaceae, quarantine pest.
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Abstract:
The first record of the citrus black fly Aleurocanthus woglumi Ashby,
1915 (Hemiptera: Aleyrodidae) in Brazil occurred in 2001 in the metropolitan region of
Belém in the state of Pará. Currently, it is widespread in several other Brazilian states,
causing severe damage to the citric species. In Alagoas, the region of Vale do Mundaú,
especially the municipalities of União dos Palmares, Branquinha, São Jose da Laje,
Ibateguara and Santana do Mundaú, stands out for the predominance of citrus. The first
occurrence of A. woglumi in Alagoas was reported in June 2014. Given the economic
and social importance of citrus culture for the state, this study aimed to evaluate the
current situation of black fly in different localities and municipalities with host plants.
The first inspections were carried out in urban areas in Maceió-AL, from June to August
2014 by agricultural inspectors of the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply
(MAPA), Alagoas State Agricultural Defense and Inspection Agency (ADEAL) and by
researchers from the Federal University of Alagoas (UFAL). From this period, random
surveys were conducted in the 102 municipalities of the state. The presence of insects
was observed on the underside of mango plants - Mangifera indica; citrus - Citrus
spp.; pitangueira - Eugenia uniflora; black olive - Syzygium jambolanum and jackfruit
- Artocarpus heterophyllus, being collected the nymph and adult stages of the insect
and stored in plastic microtubes containing 70% alcohol for later identification. The
specimens were identified by the Agronomic Laboratory, in Porto Alegre-RS, as A.
woglumi. Currently, the pest is distributed in 100% of Alagoas municipalities in at least
one host species.
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Número de páginas: 7
- Jorge Pohl de Souza
- Maria José Rufino Ferreira
- Djison Silvestre dos Santos
- Antônio Euzébio Goulart Santana
- Jakeline Maria dos Santos