SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL (BURNOUT) EM UM HOSPITAL DE CUIDADOS PALIATIVOS: O CUIDADO COMO FATOR DE RISCO
INTRODUÇÃO: Síndrome do
Esgotamento Profissional (Burnout) é uma
resposta ao estresse crônico no trabalho. Sua
prevalência pode ser elevada entre profissionais
com alto grau de contato emocional com
pessoas, como nos Cuidados Paliativos (CP).
A vivência do luto, angústia e impotência diante
da morte, partes do contexto profissional,
foram descritos como fatores de risco para o
desenvolvimento do Burnout. METODOLOGIA:
Estudo transversal. Aplicação dos Inventários
de Burnout de Maslach e de Estratégias
de coping, da Escala de Reajustamento
Social e questionário sociodemográfico a
88 profissionais de saúde de um hospital
de CP de São Paulo. Realizada análise
estatística quantitativa através do software
SPSS 23.0. RESULTADOS: A prevalência
de Burnout entre os participantes foi de 33%.
Profissionais casados e com filhos foram menos
propensos a desenvolver a doença (p=0,036
e p=0,040). Profissionais com a síndrome
eram aproximadamente 4 anos mais novos e
apresentavam menor grau de satisfação no
trabalho em comparação aos sem Burnout. O
maior uso das estratégias de enfrentamento da
categoria “Passividade e aceitação” relacionouse
com Burnout (p=0,002). Quase metade
(49%) da amostra apresentou alto (51%) ou
severo (79%) risco de adoecer pela ocorrência
de mudanças significativas no último ano da
vida, sem correlação estatística com Burnout.
CONCLUSÃO: A presença do Burnout em mais
de um terço dos profissionais dos CP avaliados
trouxe luz ao risco de prejuízos na saúde dos
participantes e na assistência aos pacientes, e
à necessidade de olhares individual, em equipe
e institucional à questão.
SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL (BURNOUT) EM UM HOSPITAL DE CUIDADOS PALIATIVOS: O CUIDADO COMO FATOR DE RISCO
-
DOI: 10.22533/at.ed.46419200819
-
Palavras-chave: Burnout, Cuidados Paliativos, Esgotamento Profissional, Medicina do Trabalho.
-
Keywords: Burnout, Palliative Care, Professional exhaustion, Occupational Medicine.
-
Abstract:
INTRODUCTION: Burnout is
a response to chronic stress at work and its
prevalence can be high among professionals
who maintain a high level of emotional contact
with people, such as in Palliative Care (PC).
The experience of mourning, anguish and impotence in the face of death, parts of the
professional context, were described as risk factors for the development of Burnout.
METHODOLOGY: Cross-sectional study. Application of Maslach Burnout Inventories
and Coping Strategies, Social Readjustment Scale and sociodemographic questionnaire
to 88 health professionals from a PC hospital in São Paulo. Quantitative statistical
analysis was performed through the SPSS 23.0. RESULTS: Prevalence of Burnout was
33%. Professionals married and with children were less likely to develop the disease
(p=0.036 and p=0.040). Professionals with the syndrome were approximately 4 years
younger and had a lower degree of job satisfaction compared to those without Burnout.
The greater use of coping strategies “Passivity and acceptance” was related to the
development of the disease (p=0.002). Almost half (49%) of the sample had a high
(51%) or severe (79%) risk of becoming ill due to the occurrence of significant changes
in the last year of life, without statistical correlation with Burnout. CONCLUSION:
Burnout in more than a third of the PC professionals evaluated underlined the risk
of damages in the health of the participants and the assistance to the patients, and
highlights to the need of an individual, team and institutional attention to the question.
-
Número de páginas: 15
- Diana Mohamed Salman
- Thiago Vinicius Monteleone Lira
- Manuela Samir Maciel Salman