SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL: ANÁLISE DOS AFASTAMENTOS LABORAIS
INTRODUÇÃO: Os transtornos
mentais são atualmente os principais
responsáveis pelo afastamento do trabalho por
longos períodos. No Brasil, dados do Instituto
Nacional do Seguro
Social (INSS) mostram
que ocupam terceiro lugar entre as causas de
benefícios previdenciários de auxílio-doença,
por incapacidade temporária ou definitiva
para o trabalho. A Síndrome do Esgotamento
Profissional, resultante do estresse crônico,
típico do trabalho, é outro problema severo
com consequências físicas, psíquicas e sociais
para os trabalhadores. OBJETIVO: Analisar
a prevalência dos afastamentos laborais
decorrentes da Síndrome do Esgotamento
Profissional em trabalhadores do Estado
do Piauí. MÉTODOS: Estudo descritivo,
transversal, com busca realizada no banco de
dados do INSS, sobre os afastamentos laborais
no período de 2010-2018, por Esgotamento
Profissional. RESULTADOS: Foram
identificados 03 afastamentos, sendo 02 em
trabalhadores do sexo feminino e 01 do sexo
masculino. A média de idades foi de 31,3±8,39
anos. A maioria sobrevive com 1 a 2 salários
mínimos. A média de dias de afastamento foi de
78,0±44,24 dias. Um dos trabalhadores recebeu
concessão de auxílio doença-previdenciário e
os outros dois de auxílio-doença acidentário.
Constatou-se que a reduzida quantidade
de afastamentos pela Síndrome deve-se ao
fato do referido diagnóstico ser registrado
mais como causa secundária e não principal.
CONCLUSÃO: Apesar da pequena quantidade
de afastamentos, a Síndrome do Esgotamento
Profissional é um dos agravos ocupacionais
de caráter psicossocial mais importante na
sociedade atual, e tem sido considerada como
sério processo de deterioração da qualidade de
vida do trabalhador, tendo em vista suas graves
implicações para a saúde física e mental.
SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL: ANÁLISE DOS AFASTAMENTOS LABORAIS
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DOI: 10.22533/at.ed.99019020929
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Palavras-chave: Esgotamento Profissional. Licença médica. Saúde do trabalhador.
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Keywords: Burnout, Professional. Sick Leave. Occupational Health.
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Abstract:
INTRODUCTION: Mental
disorders are currently the main responsible
for leaving work for long periods. In Brazil, data
from the National Institute of Social Security
(INSS) show that they occupy third place
among the causes of social security benefits
due to temporary or permanent incapacity to work. Professional exhaustion syndrome,
resulting from chronic stress, typical of daily work, also brings severe physical,
psychological and social consequences for workers, compromising their quality of life
at work. OBJECTIVE: To analyze the prevalence of occupational withdrawals due to
the Professional Exhaustion Syndrome in workers in the State of Piauí. METHODS:
A descriptive, cross-sectional study with a search carried out in the INSS database on
occupational distress in the period 2010-2018, by Professional Exhaustion. RESULTS:
03 departures were identified, being 02 in female workers and 01 male. The mean age
was 31.3 ± 8.39 years. Most survive on 1 to 2 minimum wages. The mean days of leave
were 78.0 ± 44.24 days. One of the workers received sickness benefit pension and the
other two-sickness insurance. It was observed that the reduced number of departures
from the Syndrome is due to the fact that said diagnosis is registered as a secondary
and not a primary cause. CONCLUSION: Despite the small number of departures, the
Occupational Exhaustion Syndrome is one of the most important occupational injuries
of a psychosocial nature in the present society, and has been considered as a serious
process of deterioration of the quality of life of the worker, considering its serious
implications for physical and mental health.
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Número de páginas: 15
- Márcia Astrês Fernandes
- Laís Silva Lima
- Nayana Santos Arêa Soares
- MÁRCIA ASTRÊS FERNANDES