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capa do ebook SÍFILIS CONGÊNITA NO DISTRITO FEDERAL, 2009 A 2018: UM REFLEXO DE VULNERABILIDADES SOCIAIS

SÍFILIS CONGÊNITA NO DISTRITO FEDERAL, 2009 A 2018: UM REFLEXO DE VULNERABILIDADES SOCIAIS

A sífilis congênita constitui-se como um desafio para os serviços de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento. No Distrito Federal, Brasil, a doença apresentou um comportamento ascendente ao longo dos anos, apesar da expansão do acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde em 2017, com uma taxa de incidência de 2,1 em 2009 para 8,7 por 1.000 Nascidos Vivos (NV) em 2018. Reconhecer o perfil epidemiológico dos casos pode auxiliar na elaboração de estratégias de tratamento e prevenção. Diante disso, este estudo objetivou descrever a distribuição temporal da sífilis congênita no Distrito Federal, dos anos de 2009 a 2018. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, com dados secundários oriundos das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), via Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os achados demonstraram que, do total de casos de sífilis congênita (n=1.813) identificados no referido período, 99% eram recém-nascidos com apenas sete dias de vida. Observou-se uma tendência de aumento do número de casos ao longo do tempo, uma vez que o ano com a maior frequência de casos foi 2018 (21%). No entanto, quando se observou o coeficiente bruto de mortalidade, houve predominância do ano de 2016 (11,5). O perfil materno foi composto por mulheres negras, com baixa escolaridade e idade média de 26 anos. Apesar de 81% ter afirmado a realização do acompanhamento pré-natal, apenas 5% referiram tratamento adequado e 19% alegaram que o parceiro também foi tratado. Esses resultados coadunaram com o que a literatura científica apresenta a respeito das vulnerabilidades que abarcam o contexto materno-infantil: há relações entre desigualdade de gênero, raça e acesso aos serviços de saúde, que se constituem como determinantes dos adoecimentos.

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SÍFILIS CONGÊNITA NO DISTRITO FEDERAL, 2009 A 2018: UM REFLEXO DE VULNERABILIDADES SOCIAIS

  • DOI: 10.22533/at.ed.2522025095

  • Palavras-chave: Sífilis congênita. Saúde materno-infantil. Atenção Primária à Saúde.

  • Keywords: Congenital syphilis. Maternal and child health. Primary Health Care.

  • Abstract:

    Congenital syphilis is a challenge for public health services, especially in developing countries. In the Federal District, Brazil, the disease showed an upward trend over the years, despite the expansion of access to Primary Health Care (PHC) services in 2017, with an incidence rate from 2.1 in 2009 to 8.7 per 1,000 live births in 2018. Recognizing the epidemiological profile of cases can assist in the development of treatment and prevention strategies. Therefore, this study aimed to describe the temporal distribution of congenital syphilis in the Federal District, from the years 2009 to 2018. This is a descriptive and quantitative study, with secondary data from the notification forms of the Notifiable Diseases Information System, via the Informatics Department of the Unified Health System. The findings showed that, of the total cases of congenital syphilis (n = 1,813) identified in that period, 99% were newborns up to seven days old. There was a tendency to increase the number of cases over time and the year with the highest frequency of cases was 2018 (21%). However, when the gross mortality coefficient was observed, 2016 was predominant (11.5). The maternal profile was composed of black women, with low education and an average age of 26 years old. Although 81% said they had prenatal care, only 5% reported adequate treatment and 19% said their partner was also treated. These results were consistent with what the scientific literature presents about the vulnerabilities that encompass the maternal and child context: there are relations between inequality of gender, race and access to health services, which are determinants of illnesses.

  • Número de páginas: 14

  • Thaís Barbosa de Oliveira
  • Caroliny Victoria dos Santos Silva
  • Priscila Silva de Araújo
  • Welington de Lima Borges
  • Ana Júlia Magalhães de Queiroz Melo
  • Bárbara Gripp Oliveira
  • Gleice Kelly Campelo Barbosa
  • Lorrany Santos Rodrigues
  • Renato Henrique Pereira da Silva
  • Luiza Esteves de Melo
  • Thaliane Barbosa de Oliveira
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