SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: Um estudo epidemiológico
Introdução: A sífilis congênita é decorrente de uma doença sexualmente transmissível,
com etiologia descoberta há mais de um século. O diagnóstico é simples e de baixo custo,
mas apesar disso, a doença continua sendo considerada um grande problema para a
saúde pública em países em desenvolvimento e em países ricos e de alta tecnologia em
saúde, como Europa e Estados Unidos. Apesar de tratamento simples, fácil e de baixo
custo, continua resultando em alta frequência de abortamentos, morte fetal, nascimento
prematuro, altas taxas de complicações orgânicas, com manifestações agudas ou tardia
como a neurossífilis que pode acometer o parênquima cortical até 20 anos depois de ser
acometido pelo Treponema pallidum.
Objetivo: Descrever a frequência de variáveis associadas a sífilis congênita.
Método: Estudo ecológico, de corte transversal, usando variáveis de domínio público
disponibilizados pelo DATASUS no período de 2021 a 2023. São apresentados os dados
descritivos em números absolutos e percentuais.
Resultados: Entre os anos de 2021 e 2023, confirmados 55.013 casos de sífilis
congênita. Idade materna em mais de 90% foram em menores de 35 anos de idade. O
diagnóstico feito durante o pré-natal (56%) e ao parto (30,2%), sífilis recente (93,0%) e no
concepto aos primeiros seis dias de vida (93,4%). A sobrevivência fetal foi de 94,1%,
havendo óbitos relacionados ou não à doença.
Conclusão: Nesta população com sífilis congênita observa-se alta frequência entre
adolescentes e naquelas em idade fértil e os conceptos diagnosticados até os primeiros
seis dias de vida e a maioria evoluindo para cura. A maioria dos parceiros não tiveram
relato sobre o tratamento ou foram não tratados e a minoria foram relatados como
tratados.
SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: Um estudo epidemiológico
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.7352413118
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Palavras-chave: Sífilis congênita, recém-nascido, evolução.
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Keywords: -
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Abstract: -
- Débora Costa Jadjischi