SEXUALIDADE E GÊNERO: estudo com mulheres agricultoras num Ambulatório Regional de DST/HIV/AIDS.
O estudo realizado teve o objetivo
de analisar a condição de vida de mulheres
agricultoras usuárias de um Ambulatório Regional
de DST/AIDS, localizado num município de
pequeno porte no Estado de Santa Catarina. A
pesquisa foi baseada em informações coletadas
com a utilização de um questionário aplicado
a 13 mulheres, com faixa etária entre 18 e 55
anos com origem no meio rural. Dentre as quais
07 trabalham exclusivamente na agricultura, 04
são diaristas, 01 trabalha com vendas e 01 é
costureira; 09 continuam residindo no meio
rural e 04 mudaram-se para a cidade. Dentre
aquelas que residiam no meio rural e mudaramse
para o meio urbano, os motivos referemse
ao melhor acesso ao tratamento e aos
serviços de saúde, arrumar emprego sem que
as pessoas saibam da doença, não conseguir
mais trabalhar na agricultura por estarem
doentes, preconceitos vividos na comunidade
e com o companheiro em relação a doença e
separação conjugal. A maioria convive com o
diagnóstico há mais de quatro anos e o tempo
máximo que constatamos foi de 22 anos. O
preconceito dos amigos e a não aceitação dos
familiares, juntamente com os efeitos colaterais
provocados pelo uso dos medicamentos, foram
relatados como as principais dificuldades na
vida cotidiana. Ações planejadas por equipes
profissionais interdisciplinares, para atender as
necessidades do tratamento medicamentoso
e oferecer o apoio moral e psicológico podem
contribuir para o enfrentamento da solidão e
desamparo vivenciados por essas mulheres,
abrindo novas oportunidades para ressignificar
vidas, amenizando as vulnerabilidades
existentes nas relações históricas de gênero.
SEXUALIDADE E GÊNERO: estudo com mulheres agricultoras num Ambulatório Regional de DST/HIV/AIDS.
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DOI: 10.22533/at.ed.9551924075
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Palavras-chave: Saúde Pública; Gênero; Acesso a Saúde; Sexualidade.
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Keywords: Public Health; Genus; Access to health care; Sexuality.
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Abstract:
The study aimed to analyze the condition of life of women farmers that use
of a Regional STD/AIDS outpatient clinic, located in a small municipality in the State
of Santa Catarina. The survey was based on information collected through the use of
a questionnaire applied to 13 women, with age between 18 and 55 years originating in
rural areas. Among which 07 work exclusively on agriculture, 04 are day laborers, 01
works with sales and 01 is a seamstress; 09 still residing in rural areas and 04 moved
to the city. Among those residing in rural areas and moved into the urban environment,
the reasons refer to the improved access to treatment and health services, get a job
without people knowing the illness, are unable to work in agriculture for being sick,
prejudice experienced in the community and with the partner about the disease and
marital separation. Most live with the diagnosis for over four years and the maximum
time that we found was 22 years old. The bias of the friends and the non-acceptance of
the family, along with the side effects caused by the use of medicines were reported as
the main difficulties in everyday life. Actions planned by interdisciplinary professional
teams to meet the needs of drug treatment and offer moral and psychological support
may contribute to the confrontation of loneliness and helplessness experienced by
these women, opening up new opportunities to redefine its meaning lives, easing
existing vulnerabilities in historical relations.
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Número de páginas: 15
- Eloísa Bido
- Caroline Estéfani Zanin
- Simone Kelly Cetolin Wackerhagen
- Ana Paula de Oliveira
- Jorge Fernando Soares
- Sirlei Favero Cetolin