SERVIÇO SOCIAL; MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS SOCIAIS: uma análise do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
O desenvolvimento do sistema
capitalista tende a polarizar a sociedade em
duas classes fundamentais e antagônicas:
burguesia (aqueles que detêm os meios e os
instrumentos de produção) e trabalhadores
(aqueles que sobrevivem da venda da sua
força de trabalho). Dessa forma, o progresso da
sociedade capitalista se dá pelo confronto entre
ambas, de modo que cada qual luta em defesa
dos seus interesses. A depender da organização
social da classe, esta avança ou retrocede
em suas conquistas. O presente trabalho tem
como objetivo analisar a importância das lutas
sociais no processo de conquista de direitos
sociais, bem como apontar como o Serviço
Social se articula nesse meio. Além disso,
este resulta de uma proposta investigativa
centrada na análise da configuração sócio
histórica dos movimentos sociais, com enfoque
no Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), visto que este representa
o movimento de maior expressão política no
Brasil e um dos mais relevantes da América
Latina. Nesta perspectiva, apresenta como método de análise o materialismo histórico
dialético, o qual referencia o Projeto Ético-Político do Serviço Social. Como resultado
da análise, aponta-se que o sistema capitalista acirra a contradição existente entre as
classes sociais, fazendo com que as lutas sociais se tornem mecanismos utilizados
pelos trabalhadores para reivindicar os seus direitos. Nesse sentido, o profissional do
Serviço Social se coloca numa posição de mediador, uma vez que sua articulação com
os movimentos sociais objetiva fortificar a perspectiva de uma sociedade emancipada,
como também de estimular a participação coletiva dos sujeitos. Posto isto, observa-se
que os movimentos sociais necessitam fortalecer as suas bases e solidificar as suas
pautas, para que o modo de produção capitalista seja impactado, ao passo em que os
movimentos lutam em favor de uma sociedade mais justa e igualitária.
SERVIÇO SOCIAL; MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS SOCIAIS: uma análise do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
-
DOI: 10.22533/at.ed.29420090326
-
Palavras-chave: Serviço Social. Classe Social. Lutas Sociais. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
-
Keywords: Social Service. Social Class. Social Struggles. Landless Rural Workers
-
Abstract:
The development of the capitalist system tends to polarize society into
two fundamental and antagonistic classes: the bourgeoisie (those who own the means
and instruments of production) and the workers (those who survive by selling their labor
force). In this way, the progress of capitalist society takes place by the confrontation
between both, so that each one fights in defense of their interests. Depending on the
social organization of the class, it moves forward or backwards in its achievements. This
paper aims to analyze the importance of social struggles in the process of conquering
social rights, as well as to point out how Social Work is articulated in this environment.
Moreover, this results from an investigative proposal focused on the analysis of the
socio-historical configuration of social movements, focusing on the Landless Rural
Workers Movement (MST), as it represents the largest political movement in Brazil
and one of the most relevant. From Latin America. In this perspective, it presents as
a method of analysis dialectical historical materialism, which references the EthicalPolitical Project of Social Work. As a result of the analysis, it is pointed out that the
capitalist system exacerbates the contradiction between social classes, causing social
struggles to become mechanisms used by workers to claim their rights. In this sense,
the social work professional puts himself in a position of mediator, since his articulation
with social movements aims to strengthen the perspective of an emancipated society,
as well as to stimulate the collective participation of the subjects. Having said that, it
is observed that social movements need to strengthen their bases and solidify their
agenda, so that the capitalist mode of production is impacted, while the movements
fight for a more just and egalitarian society.
-
Número de páginas: 8
- Maria Gabrielle Chaves
- Eryenne Lorrayne Sayanne Silva do Nascimento
- Maria Gabriella Florencio Ferreira
- Laianny Cordeiro Silva de Souza
- Thayane de Vasconcelos Soares
- Nathália Pereira Paredes
- Mayra Hellen Vieira de Andrade