SERIA O MEU TRABALHO DE PERFURADORA CORPORAL, A PRIMEIRA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?
O presente trabalho tem como objetivo relatar uma situação a qual passei em meu trabalho de Body Piercer, um trabalho que exerço há anos e nunca tive qualquer tipo de questionamento, no que diz respeito a ética profissional. Eu perfuro lóbulos de bebês recém-nascidos e foi após uma perfuração dessas que através de uma rede social fui acusada de cometer a primeira violência contra a mulher. Até então os meus conhecimentos sobre perfurações, campo estéril, higiene e visagismo, era suficiente para eu realizar o meu trabalho bem feito, porém essa acusação feria minha ética. Seria mesmo eu uma violentadora de bebês? Pois sobre isso meu conhecimento era empírico, tudo o que me foi questionado eram coisas das quais eu ouvia falar ou imaginava. Decidi então que não perfuraria mais bebês até descobrir se os meus conhecimentos poderiam ter fundamentação científica. Parti para uma pesquisa científica para enfim, poder realizar o meu trabalho de forma ética e ter a consciência tranquila de que não faço mal a bebês.
SERIA O MEU TRABALHO DE PERFURADORA CORPORAL, A PRIMEIRA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?
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DOI: 10.22533/at.ed.73121110314
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Palavras-chave: perfuração de lóbulos; recém nascido; brinco de bebês; feminismo
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Keywords: lobed perforation; newborn; babies' earring; feminism
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Abstract:
This writing will report the situation that happened to me in my work as a Body Piercer, I have been working for years and I never had any doubts about my professional ethics. I prick the ears of newborn babies and after being pierced I was attacked on social media, they accused me of committing the first violence against women. Until the moment of the denunciation, my knowledge about drilling, sterile field, hygiene and harmony, was enough for me to do my job, but this denunciation hurt my ethics. Would a person who was mean to babies be me? I decided that I would no longer pierce babies' ears until I found out if I was wrong. I did a scientific research to be able to carry out my work in an ethical manner and to have a clear conscience that I am not harmful to babies.
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Número de páginas: 5
- Renata Ribeiro Costa Machado