SEPSE: DIFICULDADES NA APLICAÇÃO DE PROTOCOLO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Sepse é definida como disfunção
orgânica potencialmente fatal, causada por
uma resposta inflamatória desregulada do
hospedeiro à infecção. Segundo o Instituto
Latino Americano de Sepse, o protocolo de
sepse deve ser aberto para pacientes com
suspeita de sepse e choque séptico. Em
pacientes com qualquer das disfunções clínicas
utilizadas na triagem (hipotensão, rebaixamento
de consciência, dispneia ou dessaturação),
deve-se dar seguimento imediato ao protocolo.
Este relato de caso evidencia a falta de recursos
do sistema público de saúde, juntamente com
a falta na implantação do protocolo de sepse
e seu monitoramento, como exemplos de
fatores que dificultam e atrasam o diagnóstico
da doença, e, assim, implicam negativamente
no prognóstico da paciente. S.M.S, idosa, 66
anos, submetida à hemicolecotomia direita com
linfadenectomia retroperitoneal e anastomose
primária para ressecção de lesão tumoral em
transverso proximal no dia 01 de agosto de
2017 evoluiu com abscesso subfrênico à direita.
Foram observadas uma série de obstáculos
que dificultaram a aplicação do protocolo de
sepse, o que levou a paciente a evoluir para um
quadro grave de choque séptico, necessitando
de acesso venoso profundo, uso de droga
vasoativa, intubação orotraqueal, ventilação
mecânica e de tempo prolongado na unidade
de terapia intensiva. A eficácia e qualidade da
aplicação de protocolo de sepse dependem
não só da padronização do atendimento em si,
mas de uma equipe de saúde multidisciplinar
capacitada, da disponibilidade de recursos
materiais e financeiros da instituição e de um
olhar médico atento às respostas clínicas do
paciente.
SEPSE: DIFICULDADES NA APLICAÇÃO DE PROTOCOLO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Sepse – Epidemiologia – Manejo – Foco infeccioso – Protocolo – Unidade de Medicina Intensiva
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Keywords: Sepsis – Epidemiology – Management – Infectious Focus – Protocol – Intensive Care Unit
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Abstract:
Sepsis is defined as a potentially
fatal organic dysfunction caused by a
dysregulated inflammatory response from host to infection. According to the Latin
American Sepsis Institute, the sepsis protocol should be open to patients with suspected
sepsis and septic shock. In patients with any of the clinical dysfunctions used in the
screening (hypotension, lowered level of consciousness, dyspnea or desaturation),
the protocol should be followed immediately. This case report evidences the lack of
resources of the public health system, together with the lack of implementation of the
sepsis protocol and its monitoring, as examples of factors that hinder and delay the
diagnosis of the disease, and thus negatively implicate the prognosis of the patient.
S.M.S, elderly, 66 years old, submitted to right hemicolectomy with retroperitoneal
lymphadenectomy and primary anastomosis for resection of tumoral lesion in the
proximal transverse on August 01, 2017 evolved with right subphrenic abscess. A series
of obstacles hampered the application of the sepsis protocol, which led the patient to
progress to a severe septic shock requiring deep venous access, vasoactive drug use,
orotracheal intubation, mechanical ventilation, and long-term ventilation in the intensive
care unit. The efficacy and quality of the sepsis protocol application depend not only on
the standardization of care itself, but also on a trained multidisciplinary health team, the
availability of material and financial resources of the institution and a medical outlook
attentive to the clinical responses of the patient.
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Número de páginas: 15
- Larissa Guimarães Sardenberg de Almeida