O estudo teve como objetivos: conhecer formas de contato com o tema da sífilis apontados por gestantes e puérperas e apontar sentimentos de gestantes e puérperas em relação a testagem para sífilis e possível revelação ao parceiro frente a um diagnóstico positivo. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratório-descritiva, com abordagem quanti-qualitativa. A pesquisa foi realizada no Núcleo Perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o referido setor conta com um ambulatório de pré-natal de alto risco, referência no estado, recebendo assim, gestantes de diversas partes do estado. Além disso, o setor possui uma enfermaria de gestantes e puérperas e uma UTI Neonatal. Os critérios de inclusão das participantes no estudo foram: ser maior de 18 anos, ser gestante ou puérpera internada na enfermaria de gestantes ou no alojamento conjunto do Núcleo Perinatal do HUPE. Os critérios de exclusão foram: gestantes ou puérperas que não tenham condições de responder à investigação por questões físicas ou emocionais, ou que apresentassem agravamento de seu quadro de saúde durante a internação. A coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário, elaborado pela pesquisadora e ocorreu de agosto de 2023 a março de 2024. Os resultados apontaram que 66,6% não teve informação sobre sífilis no pré-natal, 81,4% das participantes ouviu falar de sífilis na comunidade contra apenas 7,4% durante o pré-natal. Os sentimentos que foram destacados frente ao possível diagnóstico de sífilis e  a revelação ao parceiro foram tristeza, surpresa e medo. Concluiu-se que existe a necessidade de ampliação do tema da sífilis durante as orientações no momento do pré-natal e que sentimentos negativos são experimentados por gestantes e puérperas frente ao diagnóstico de sífilis, sendo necessária abordagem humanizada e constante durante as consultas pré-natais.