SEGREGAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO NOS ANOS DE 2002 E 2014
O mercado de trabalho brasileiro
é marcado historicamente pela segregação
e discriminação das mulheres. Elas recebem
salários inferiores, mesmo sendo mais
escolarizadas, e representam minoria na
ocupação de cargos de liderança. Diante disto,
por meio deste trabalho objetiva-se analisar a
segregação de gênero do mercado de trabalho
brasileiro. Para isso, foram utilizados os
microdados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) dos anos de 2002 e
2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Esses microdados revelam
que há predominância de homens nas funções
de chefia, ao passo que as mulheres ocupam,
em sua maioria, os cargos subordinados. As
categorias de trabalho que pagam as maiores
remunerações (como cargos de liderança
e profissões como de juiz/a) ainda são
predominantemente ocupadas por homens.
Enquanto isso, as mulheres são a maioria no
setor de limpeza, por exemplo. Além disso,
verifica-se que a proporção de homens com
carteira assinada é maior que a de mulheres.
Em 2002, os percentuais de homens e
mulheres que possuíam carteira assinada
eram respectivamente de 31,64% e 24,38%.
Em 2014, os respectivos percentuais eram de
41,22% e 34,38%. Os dados também revelaram
que as mulheres possuem maior escolaridade
que os homens, o que permite concluir que a
desigualdade de gênero no mercado de trabalho
brasileiro não está relacionada com a qualidade
produtiva, mas com a segregação.
SEGREGAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO NOS ANOS DE 2002 E 2014
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DOI: 10.22533/at.ed.90119211113
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Palavras-chave: Segregação; Mulheres; Mercado de Trabalho.
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Keywords: Segregation; Women; Labor Market.
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Abstract:
The Brazilian labor market
is historically marked by segregation and
discrimination of women. They receive lower
salaries, even though they are more schooled,
and represent a minority in leadership positions.
Therefore, this paper aims to analyze the gender
segregation of the Brazilian labor market. For this,
it used the microdata from the Brazilian National
Household Sample Survey (PNAD), from 2002 and 2014, from the Brazilian Institute of
Geography and Statistics (IBGE). These microdata reveal that there is a predominance
of men in the functions of leadership, while most women occupy subordinate positions.
The highest paid categories of work (such as leadership positions and professions as
judge) are still predominantly occupied by men. Meanwhile, women are the majority
in the cleaning sector, for example. In addition, it appears that the proportion of men
with a formal license is higher than that of women. In 2002, the percentage of men and
women who had a formal contract was 31.64% and 24.38%, respectively. In 2014, the
respective percentages were 41.22% and 34.38%. The data also revealed that women
have higher education than men, which allows us to conclude that gender inequality in
the Brazilian labor market is not related to productive quality, but to segregation.
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Número de páginas: 15
- Débora Juliene Pereira Lima
- Edna Raimunda Teodoro
- Ana Márcia Rodrigues da Silva