SECREÇÕES GLANDULARES DE ANFÍBIOS: UMA NOVA ALTERNATIVA PARA PROTEÇÃO DE PLANTAS
Nos últimos anos o uso de indutores de resistência como estratégia de controle alternativo de doenças e pragas nas plantas está sendo investigado de forma mais efetiva, pois não afetam o ambiente, sendo que em sua maioria, tais produtos são utilizados em pequenas doses, são biodegradáveis, possuem potencial em ativar defesas das plantas e proporcionam menor pressão de seleção na população de fungos fitopatogênicos. Atualmente, muitas pesquisas estão voltadas para a busca de novas substâncias para desenvolvimento de produtos inovadores a partir da biodiversidade, demonstrando que a importância econômica dos recursos naturais é crescente, com potencial científico e tecnológico. Além das espécies da flora nativa, avaliações relacionadas à utilização de secreções produzidas por animais podem proporcionar novas alternativas para controle de pragas e doenças, buscando substâncias com baixa toxicidade, ação rápida e atividade antimicrobiana. Estas secreções podem conter venenos que são utilizados por alguns animais como defesa química na natureza. Nos anfíbios em geral, esses compostos são basicamente sintetizados pelo metabolismo do próprio animal. Essa defesa química em anfíbios representa um conjunto de adaptações defensivas que atuam na proteção contra predadores, parasitas e microrganismos. Os anfíbios anuros (Anura), por exemplo, possuem glândulas granulosas em sua pele, também conhecidas como macroglândulas parotóides, ou popularmente conhecidas como glândulas de veneno, que são responsáveis pela produção da maioria das substâncias tóxicas existentes na pele destes anfíbios. Sabe-se que estas secreções são compostas por substâncias que ainda não tem seu potencial completamente conhecido, que carecem de análises e pesquisas para testar seus efeitos sobre fitopatógenos, podendo ser utilizado pelas indústrias químicas como alternativa aos agroquímicos existentes ou mesmo na geração de novos fungicidas.
SECREÇÕES GLANDULARES DE ANFÍBIOS: UMA NOVA ALTERNATIVA PARA PROTEÇÃO DE PLANTAS
-
DOI: 10.22533/at.ed.7982222078
-
Palavras-chave: Glândulas parotóides, Rhaebo guttatus, Rhinella marina, anfíbios, secreções glandulares.
-
Keywords: Parotid gland, Rhaebo guttatus, Rhinella marina, amphibians, glandular secretions.
-
Abstract:
In recent years, the use of resistance inducers as an alternative strategy to control plant diseases and pests is being investigated more effectively, because it does not affect the environment, most of which, such products are used in small doses, they are biodegradable, have the potential to activate plant defenses and also provide less selection pressure on the fungal population. Currently, much research is focused on the search for new substances for the development of innovative products based on biodiversity, demonstrating that the economic importance of natural resources is growing, with scientific and technological potential. In addition to the species of native flora, evaluations related to the use of secretions produced by animals may provide new alternatives for pest and disease control, looking for substances with low toxicity, fast action and antimicrobial activity. These secretions may contain poisons that are used by some animals as a chemical defense in nature. In amphibians in general, these compounds are basically synthesized by the metabolism of the animal itself. This chemical defense in amphibians represents a set of defensive adaptations that act to protect against predators, parasites and microorganisms. Anuran amphibians (Anura), for example, have granular glands in their skin, also known as parotid macro glands, or popularly known as poison glands, which are responsible for the production of most toxic substances present in the skin of these amphibians. It is known that these secretions are composed of substances that do not yet have their potential fully known, that lack analysis and research to test their effects on phytopathogens, can be used by the chemical industries as an alternative to existing agrochemicals or the same generation of new fungicides.
-
Número de páginas: 19
- Camila Rocco da Silva
- Katia Regina Freitas Schwan-Estrada
- Solange Maria Bonaldo
- Antonio Flávio Arruda Ferreira
