SAÚDE INDÍGENA E A INTERFACE COM AS POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO DA TUBERCULOSE
A assistência à saúde dos indígenas
brasileiros foi prestada ao longo da história,
inicialmente pela atuação das entidades
religiosas, seguidas pela forte intervenção
do poder público ainda que consorciados a
organizações não governamentais, dando
início a era das políticas sociais de saúde
como garantia dos direitos humanos. A
tuberculose (TB) mantém-se como uma das
principais causas de morbimortalidade mundial,
apresentando raízes sociais com a pobreza e
maior incidência em grupos étnicos minoritários
como os indígenas. O presente estudo tem
como objetivo estabelecer reflexões sobre as
políticas de saúde indígena no Brasil e a interface
destas no controle da tuberculose. A pesquisa
foi realizada por meio de revisão bibliográfica,
sendo percorridas as seguintes etapas: seleção
das fontes de informações: livros, publicações
oficiais, tese, monografias e artigos científicos
acessados nas bases de dados SCIELO,
LILACS e MEDLINE; leitura aprofundada das
fontes selecionadas; e elaboração das reflexões
do estudo. As escassas políticas de saúde
indígena geraram ao longo do tempo acúmulo
de insatisfação por partes das diversas etnias e
entidades governamentais e da sociedade civil
de defesa dos direitos indígenas. A década de
80 registra mudanças abruptas nas políticas
de saúde indígena marcadas por fortes
influências do movimento da reforma sanitária,
sendo implantado oficialmente em 1999, o
Subsistema de atenção à saúde indígena. No
entanto, as dificuldades de implementação
e operacionalização do referido modelo de
atenção à saúde destes povos tem propiciado a
cadeia de manutenção de diversas patologias,
dentre elas a TB que ano após ano, apresenta
índices elevados de incidência e óbitos.
SAÚDE INDÍGENA E A INTERFACE COM AS POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO DA TUBERCULOSE
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Políticas de Saúde, Tuberculose, Indígenas, Brasil
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Keywords: Health Policies, Tuberculosis, Indigenous, Brazil
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Abstract:
The health care of Brazilian
natives was provided throughout history, initially
by the religious organizations, followed by the
strong intervention of the public power, even
though they consorted with non-governmental
organizations, beginning the era of social health policies as a guarantee of human rights .Tuberculosis (TB) remains one of the main
causes of worldwide morbidity and mortality, showing social roots with poverty and a
higher incidence in ethnic minority groups such as indigenous people. The present
study aims to establish reflections on indigenous health policies in Brazil and their
interface in the control of tuberculosis. The research was carried out by means of a
bibliographic review. The following steps were followed: selection of information sources:
books, official publications, thesis, monographs and scientific articles accessed in the
databases SCIELO, LILACS and MEDLINE; thorough reading of selected sources;
and elaboration of the reflections of the study. The scarce indigenous health policies
have generated over time the accumulation of dissatisfaction among the various ethnic
groups and governmental entities and civil society in defense of indigenous rights. The
1980s saw abrupt changes in indigenous health policies marked by strong influences
from the health reform movement, and the Subsystem for Indigenous Health Care was
officially implemented in 1999. However, the implementation and operationalization
difficulties of this health care model have led to the chain of maintenance of several
pathologies, among them TB that year after year has high incidence rates and deaths.
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Número de páginas: 15
- Tony Jose Souza