SAÚDE-DOENÇA E MORTE EM INDÍGENAS: REFLEXÕES DO SUICÍDIO
O tema suicídio tem tomado
proporções de importância e preocupação
mundial. As populações indígenas e nativas,
em diferentes países, apresentam taxas de
mortalidade por suicídio mais elevadas do que
das respectivas populações gerais. Um estudo
comparativo mostrou que as taxas de suicídio
entre a população indígena e não indígena
nas cinco macrorregiões do país, no período
de 2006 a 2010, constatou maior incidência de
casos de suicídio entre populações indígenas.
A pesquisa foi realizada sob a luz da saúde
coletiva por meio de revisão bibliográfica,
seguindo as etapas de seleção das fontes de
informações: livros, publicações oficiais, teses,
monografias e artigos científicos acessados
nas bases de dados SCIELO, LILACS e
MEDLINE; leitura aprofundada das fontes
selecionadas; e elaboração das reflexões do
estudo. Estudos entre a população indígena
registraram casos de suicídios acometidos por
jovens com menos de 20 anos, uma inversão
radical dos índices mundiais e brasileiros.
Os próprios indígenas vinculam o suicídio ao
conjunto de consequências vividas pelo contato
com os brancos, verificava forte contato com a
população das grandes cidades e a privação de
seu meio de subsistência cultural básico. O fato
é que o comportamento suicida nos últimos anos
emergiu como um problema alarmante para
os grupos indígenas, autoridades sanitárias,
órgãos do poder público e não governamentais
que têm relação com a causa indigenista,
estes observaram nos casos descritos destas
reflexões, pressão constante proveniente do
contato com não indígenas. Apresentando as
consequências dos ideais de consumo e riqueza
sofridos por aqueles que não podem alcançar, fazendo parte de um grupo vulnerável
sofridos por aqueles que não podem alcançá-los, conectado com o fenômeno da
exclusão. O suicídio nestes grupos vulneráveis é um problema de saúde pública,
que precisa de articulação nos processos de políticas para a prevenção, promoção
e educação em saúde, com maior abrangência não apenas na população indígena
foco deste estudo. Contudo, a atenção e atendimento à saúde da população indígena
é singular, necessitando de serviços com equipes de referência que acompanhem e
atendam suas demandas.
SAÚDE-DOENÇA E MORTE EM INDÍGENAS: REFLEXÕES DO SUICÍDIO
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DOI: 10.22533/at.ed. 74419021033
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Palavras-chave: Suicídio, Indígenas, Processo saúde-doença.
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Keywords: Suicide, Indigenous, Health-Illness Process.
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Abstract:
The subject of suicide has taken on proportions of worldwide importance
and concern. Indigenous and native populations in different countries have higher
suicide mortality rates than their general populations. A comparative study showed
that suicide rates among the indigenous and non-indigenous population in the five
macro-regions of the country from 2006 to 2010, found a higher incidence of suicide
among indigenous populations. The research was conducted in the light of public
health through literature review, following the steps of selection of information sources:
books, official publications, theses, monographs and scientific articles accessed in the
databases SCIELO, LILACS and MEDLINE; thorough reading of selected sources; and
elaboration of the study’s reflections. Studies among the indigenous population have
reported suicides involving young people under the age of 20, a radical reversal of world
and Brazilian rates. The indigenous themselves link suicide to the set of consequences
experienced by contact with whites, verified strong contact with the population of large
cities and the deprivation of their basic cultural livelihood. The fact is that suicidal
behavior in recent years has emerged as an alarming problem for indigenous groups,
health authorities, governmental and non-governmental bodies that are related to the
indigenous cause. contact with non-indigenous people. Presenting the consequences
of the ideals of consumption and wealth suffered by those who cannot reach, being
part of a vulnerable group suffered by those who cannot reach them, connected with
the phenomenon of exclusion. Suicide in these vulnerable groups is a public health
problem that needs articulation in the policy processes for health prevention, promotion
and education, with greater coverage not only in the indigenous population that is the
focus of this study. However, the attention and health care of the indigenous population
is unique, requiring services with reference teams that monitor and meet their demands.
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Número de páginas: 15
- Julia Maria Vicente de Assis