Saturação por bases na integração lavoura-pecuária com cultivo de milho nos dois primeiros anos
A maioria das pastagens no Cerrado encontra-se com algum grau de degradação. A estratégia de introduzir a cultura do milho em consórcio com capim na recuperação das pastagens é uma alternativa viável. Mas como os solos do Cerrado são ácidos, para que essa técnica seja viável, dentre tantos outros fatores, um dos principais é conhecer qual o nível de saturação por bases para o milho em consórcio. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o efeito de níveis de saturação por bases sobre o crescimento e a produção da cultura do milho, consorciado ou não com Urochloa brizantha cv. Marandu nos dois primeiros anos após a correção. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, dispostos em esquema fatorial 4x2, sendo: quatro níveis de saturação por bases do solo (25% “controle: sem calcário”, 45, 60 e 75%) e duas modalidades de cultivo (Milho+Marandu “consorciado” e Milho “monocultura”), sendo o capim semeado 25 dias após a semeadura do milho e na entre linha. No primeiro ano de avaliação não houve diferença para nenhum dos fatores testados, isso ocorreu pelo fato de não ter havido tempo para uma adequada reação do calcário entre a aplicação e cultivo do milho. No segundo ano, as formas de cultivo também não diferiram, já os níveis de saturação influenciaram a cultura do milho. No cultivo consorciado, os níveis de saturação por bases próximas de 56 e 53%, apresentaram maiores valores para altura de planta e altura de inserção de espiga, respectivamente. A produtividade do milho em monocultivo foi maior na saturação por base aproximadamente 47%, já para o milho+Marandu a máxima produtividade foi obtida na saturação próxima a 65%. O consórcio com capim Marandu não interferiu na produtividade do milho. As saturações por bases que resultaram em maiores produtividades foram próximas de 50 e 65% para o cultivo milho+Marandu e monocultivo, respectivamente.
Saturação por bases na integração lavoura-pecuária com cultivo de milho nos dois primeiros anos
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DOI: 10.22533/at.ed.3862129092
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Palavras-chave: braquiária; correção da acidez do solo; recuperação de pastagens; Zea mays L.
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Keywords: brachiaria; correcting of soil acidity; recovery of degraded pasture; Zea mays L.
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Abstract:
Most pastures in the Cerrado have some degree of degradation. The strategy of introducing maize in a
intercropping with grass in pasture recovery is a viable alternative. But because the Cerrado soils are acidic, for this technique to be feasible, among other factors, one of the main factors is to know the level of base saturation for corn in a intercropping. The objective of this study was to evaluate the effect of base saturation levels on corn crop growth and yield, intercropped or not with Urochloa brizantha cv. Marandu in the first two years after the correction. The experimental design was randomized complete block design with four replicates, arranged in a 4x2 factorial scheme, with four levels of base saturation (25% "control: no lime", 45, 60 and 75%) and two forms of cultivation (corn+Marandu “intercropped” and corn “monoculture”), with the grass sown 25 days after maize sowing and in line. In the first year of evaluation, there was no difference for any of the factors tested, this was due to the for missed time. In the second year, the cultivation forms did not differ as well, saturation levels influenced the corn crop. In the intercropping the base saturation levels of 56% and 53% presented higher values for plant height and spike insertion height, respectively. The yield of corn in single crop was higher in saturation by baseline by approximately 47%, while for the intercropped, the maximum yield was obtained at saturation 65%. The Marandu grass intercropped did not interfere with corn productivity. Corn did not respond to the application of lime in the same year of cultivation. The base saturations that resulted in higher yields were close to 50 and 65% for solecropped and intercropped cultivars, respectively.
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Número de páginas: 12
- Arismar Ribeiro Brito
- Henildo de Sousa Pereira
- Elizeu Luiz Brachtvogel