RODA DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: CONSTRUINDO A AGENDA DE SAÚDE MENTAL UNIVERSITÁRIA
A Terapia Comunitária Integrativa
– TCI é uma prática de intervenção de grupos
sociais, incluída na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares em 2017, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, através
da Portaria GM/MS nº849/2017. Esta prática
visa à consolidação de redes sociais solidárias,
com recursos próprios da comunidade,
baseada em encontros facilitadores de troca de
experiências e partilha de sofrimento de amplo
alcance. Trata-se de uma metodologia criada
pelo médico psiquiatra Adalberto Barreto, em
meados de 1987 na Universidade Federal
do Ceará. Seu objetivo é partilhar vivências
da própria comunidade como estratégia de
enfrentamento de conflitos e superação do
sofrimento mental, motivando a resiliência. A
TCI foi adotada diante da demanda em saúde
mental no Campus UFV-Florestal, proposta
durante a discussão entre diversos profissionais
de saúde, educação e assistência social, sobre
a necessidade de uma intervenção para acolher
estes estudantes que experimentam de alguma
maneira o sofrimento mental, que atinge cada
vez mais jovens durante o período acadêmico.
A técnica consiste na formação de uma roda,
onde serão acolhidos estudantes e demais
interessados a partilharem experiências de um
tema elegido pela maioria dos interessados.
A solução desses problemas deve surgir do
próprio grupo, lembrando que o mediador deve
conduzir a roda com uma escuta respeitosa
e sem julgamentos, e que os participantes
devem evitar expor assuntos muito íntimos. Os
resultados apresentados pelas primeiras rodas
de terapia comunitária, apesar da dificuldade de
uma equipe multidisciplinar possuir um número
limitado de profissionais, suscitou a necessidade
de fazer algo além das atribuições já exercidas,
tais como palestras esclarecedoras, campanhas
temáticas de promoção à saúde, capacitação
técnica para atuar com essa metodologia,
bem como a necessidade da criação de um
núcleo em saúde mental para atender essa
demanda e a nova política de cotas para
deficientes. Apesar da dificuldade da adesão
dos participantes e o engajamento de outros
profissionais no projeto, o primeiro resultado
visível é o fortalecimento do trabalho em equipe
motivando o desenvolvimento de outros projetos que possam proporcionar ao aluno mais qualidade de vida e saúde mental.
RODA DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: CONSTRUINDO A AGENDA DE SAÚDE MENTAL UNIVERSITÁRIA
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DOI: 10.22533/at.ed.96919030925
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Palavras-chave: Saúde Mental, Terapia Comunitária, Roda.
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Keywords: Atena
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Abstract:
ATENA
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Número de páginas: 15
- Ana Maria Cecílio
- Diego Vales Deslandes Ferreira
- Flávia M. Barroca de Barros
- Elisangela Lopes de Faria