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REVITALIZANDO O DEBATE: O CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO

Presenciamos, no ambiente acadêmico, uma hegemonia teórica (neo)positivista, funcionalista e sistêmica sobre o caráter da sociedade. A organização social predominante teria deixado de ser capitalista (como conceituada pelas matrizes clássicas da Sociologia – as teorias de Marx, Weber e Durkheim) para ser concebida como “industrialista”, “pós-industrial”, “moderna”, “pós-moderna”, “informacional”, etc. Com o fim do “socialismo real” na década de 1990, soaram-se as trombetas dos novos ideólogos apregoando o fim da luta de classes, da centralidade do trabalho como categoria analítica para explicação do real, das ideologias e da própria História. A essência da realidade social não seria mais (ou nunca teria sido?) passível de uma explicação em sua dimensão de totalidade. Deveríamos contentar-nos com enfoques microssociológicos para, pelo menos, estabelecermos “um olhar” a mais na pluralidade dos individualismos metodológicos presentes na intitulada explosão de paradigmas. Entendemos que a busca constante por uma compreensão do processo socio-histórico, em uma dialética de tensão e desenvolvimento em espiral entre a busca da essência e dimensão da totalidade de uma formação social, é fundamental. Partindo da ideia de estrutura social como transversal a Sociologia, História,  Economia e Antropologia, a relação entre as classes sociais leva-nos a uma análise detida do modo de produção em que se inserem e conformam um determinado bloco histórico. O conceito de modo de produção, portanto, é fundamental para fazermos uso da ideia de estrutura social na busca de uma lógica do processo socio-histórico, revitalizando a construção de um conhecimento crítico e dialético que se proponha a abarcar a totalidade das relações sociais. Este é o objetivo do presente ensaio. Ao final, após resgatarmos uma discussão clássica sobre a questão, enunciaremos os contornos de nossa tese sobre a problemática, buscando darmos uma contribuição que entendemos original.

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REVITALIZANDO O DEBATE: O CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO

  • DOI: 10.22533/at.ed.2912214121

  • Palavras-chave: Modo de Produção; Sociologia; História; Economia.

  • Keywords: Production Mode; Sociology; History; Economy.

  • Abstract:

    We witnessed a theoretical (neo) positivist, functionalist, and systemic hegemony over the character of society. The predominant social organization ceased to be capitalist (as conceptualized by the classical matrices of Sociology - the theories of Marx, Weber, and Durkheim) to be conceived as "industrialist", "post-industrial", "modern", "post-modern", “Informational”, etc. With the end of “real socialism” in the 1990s, the trumpets of the new ideologues sounded, proclaiming the end of the class struggle, the centrality of work as an analytical category for explaining the real, ideologies and history itself. The essence of social reality would no longer be subject to explanation in its dimension of totality. We should be content with micro sociological approaches to, at least, establish an “additional look” at the plurality of methodological individualisms present in the so-called explosion of paradigms. We understand that the constant search for an understanding of the socio-historical process, in dialectic of tension and development in a spiral between the search for the essence and dimension of the totality of a social formation, is fundamental. Starting from the idea of social structure as transversion to Sociology, History, Economy and Anthropology, the relationship between social classes leads us to a careful analysis of the mode of production in which they are inserted and conform a given historical block. The concept of mode of production is fundamental for us to use the idea of social structure in the search for logic of the socio-historical process, revitalizing the construction of a critical and dialectical knowledge that proposes to encompass the totality of social relations. In the end we will enunciate the contours of our thesis on the issue, seeking to contribute that we understand to be original.

  • Hélio Fernando Lôbo Nogueira da Gama
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