REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DE MIELOMA MÚLTIPLO
O Mieloma Múltiplo é uma neoplasia
progressiva de células B, caracterizada
pela proliferação desregulada e clonal de
plasmócitos na medula óssea, os quais
produzem e secretam imunoglobulina
monoclonal ou fragmento dessa, a proteína M.
Esta neoplasia representa 1% das neoplasias
malignas e 10% das neoplasias hematológicas
nos Estados Unidos. É discretamente mais
frequente em homens, acima dos 50 anos e
negros, sendo um diagnóstico importante a
ser considerado em pessoas com idade mais
avançada e quadro clínico característico. Este
apresenta-se como múltiplas lesões osteolíticas,
comprometimento da função da medula óssea
e produção e liberação de proteína monoclonal
na corrente sanguínea. Essas alterações
causam alterações esqueléticas (dor óssea,
fraturas, hipercalcemia), anemia normocítica e
normocrômica (fadiga, fraqueza), insuficiência
renal, infecções, trombocitopenia, amiloidose
(em 10% dos casos) e plasmocitomas
extramedulares. Plasmocitomas são
histologicamente semelhantes ao Mieloma
Múltiplo e podem ser ósseos (plasmocitoma
ósseo solitário) ou de tecidos moles
(plasmocitoma extramedular). O diagnóstico é
feito através de critérios diagnósticos, sendo
o critério obrigatório a biópsia de medula
óssea com mais de 10% de plasmócitos ou
presença de plasmocitoma. Para confirmação
do diagnóstico é necessário mais um critério
além do obrigatório, como a presença de
lesão de órgão alvo ou de algum biomarcador.
O tratamento varia com o estadiamento
do paciente, podendo consistir em acompanhamento periódico sem instituição
de tratamento anti-neoplásico para os casos mais indolentes; poliquimioterapia e
transplante de células tronco hematopoiéticas para os demais casos.
REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DE MIELOMA MÚLTIPLO
-
DOI: 10.22533/at.ed.95819130622
-
Palavras-chave: Mieloma Múltiplo. Diagnóstico. Tratamento.
-
Keywords: Multiple Myeloma. Diagnosis. Treatment.
-
Abstract:
Multiple Myeloma is a progressive B-cell neoplasm, characterized by the
dysregulated and clonal proliferation of plasma cells in the bone marrow, which produce
and secrete monoclonal immunoglobulin or fragment of this protein M. This neoplasm
represents 1% of malignancies and 10% of hematological malignancies in the United
States. It is discretely more frequent in men, over 50 years and black, being an important
diagnosis to be considered in people with more advanced age and characteristic
clinical picture. This presents as multiple osteolytic lesions, impairment of bone marrow
function and production and release of monoclonal protein into the bloodstream. These
changes cause skeletal changes (bone pain, fractures, hypercalcemia), normocytic
and normochromic anemia (fatigue, weakness), renal insufficiency, infections,
thrombocytopenia, amyloidosis (in 10% of cases) and extramedullary plasmacytomas.
Plasmacytomas are histologically similar to Multiple Myeloma and may be bony (solitary
bone plasmocytoma) or soft tissue (extramedullary plasmacytoma). The diagnosis is
made through diagnostic criteria, and the criterion is bone marrow biopsy with more
than 10% of plasma cells or presence of plasmacytoma. To confirm the diagnosis, it
is necessary to have a criterion beyond the obligatory criteria, such as the presence
of target organ damage or some biomarker. The treatment varies with the staging of
the patient, and may consist of periodic follow-up without institution of anti-neoplastic
treatment for the more indolent cases; polychemotherapy and hematopoietic stem cell
transplantation for the remaining cases.
-
Número de páginas: 15
- Fernando Ribeiro Amaral
- Virna Oliveira Rabelo
- Daniel Filipe Oliveira Rabelo
- Luciana Ribeiro Amaral
- Gianne Donato Costa Veloso
- Marcella Oliveira Rabelo